Uso irregular dos antirretrovirais (má adesão ao tratamento) acelera o processo de resistência do vírus aos medicamentos. Por isso, qualquer decisão sobre interrupção ou troca de medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico (Foto ilustrativa: Free Images)
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A Gestos – Soropositivididade, Comunicação e Gênero deu entrada, na quinta-feira (27), com uma denúncia no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para acusar a falta do medicamento Biovir (indicado para o tratatamento da aids) no Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. Segundo a Gestos, sem o medicamento, os médicos estão sendo obrigados a trocar a medicação dos pacientes de forma emergencial (sem que sejam feitos os exames necessários para esse procedimento), o que coloca em risco a saúde das pessoas que vivem com HIV/aids.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclarece que o medicamento Biovir é repassado aos Estados pelo Ministério da Saúde, que, nos últimos meses, tem feito a entrega de forma irregular. “A SES informa que já está dialogando com o órgão para regularizar a situação. A expectativa é que o reabastecimento seja feito até a próxima semana”, diz a nota.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde, que informou não ter como levantar, nesta sexta-feira (28), as informações sobre a distribuição do medicamento com a área técnica do órgão por causa do feriado do Dia do Servidor Público.