Ex-treinadores detêm melhor aproveitamento de pontos no Trio de Ferro da Capital

Antônio Assis
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Geison Macedo
Folha de Pernambuco

Ainda sem conseguir fazer com que a engrenagem de Náutico, Santa Cruz e Sport funcione com regularidade no Campeonato Brasileiro, os atuais treinadores do Trio de Ferro da Capital convivem com um fantasma que alimenta ainda mais a pressão em cima deles por melhores resultados. Assombração que atende pelo nome de “antecessores”, conforme comprovam os números de aproveitamento.
Os últimos comandantes dos três principais clubes do Estado - Gilmar dal Pozzo (Timbu), Marcelo Martelotte (Cobra Coral) e Paulo Roberto Falcão (Leão) - detêm melhores desempenhos em comparação com Alexandre Gallo, Milton Mendes e Oswaldo de Oliveira. Pior para os dois últimos, na berlinda por conta dos maus resultados no Nacional. O retrospecto mais fraco do trio é o do técnico rubro-negro, que voltou a conviver com a pressão após dois resultados negativos em sequência - as derrotas para Palmeiras e Vitória.

Com três meses de trabalho e aproveitamento pífio de 28,88%, o leonino tem desempenho muito inferior ao do seu antecessor, Paulo Roberto Falcão, que, nos sete meses em que esteve no comando do Leão, conquistou 55% dos pontos que disputou. Considerando apenas partidas de Campeonato Brasileiro, o ex-técnico, que desembarcou na Ilha do Retiro em setembro de 2015, cravou 66,6%. Rendimento que caiu para 53% em 2016, quando disputou o Estadual e as Copas do Nordeste e do Brasil. Importante destacar que a trajetória de Oswaldo de Oliveira na Praça da Bandeira foi talhada com a maioria dos jogos no Nacional, competição de nível técnico mais elevado do que os torneios regionais.

Roger Vieira/FolhaPE
Situação mais curiosa vive Milton Mendes, o que mais balança no cargo entre os três treinadores. Seu aproveitamento no comando coral é de 49,33%, também inferior ao da antiga gestão, sob responsabilidade de Marcelo Martelotte, com 60,86%. Pesa a favor do primeiro, porém, as conquistas do Campeonato Pernambucano e do inédito título da Copa do Nordeste. Desempenho quase irretocável até conhecer a sua primeira derrota no Santa Cruz, na 5ª rodada do Campeonato Brasileiro, justamente no Clássico das Multidões.
Foi o ponto de partida para a derrocada do Tricolor, que chegou a liderar a competição, mas agora soma oito derrotas nos últimos nove jogos e figura na 19ª posição, zona da degola. Vale destacar que parte do bom retrospecto de Martelotte em sua última passagem pela Cobra Coral foi construída na vitoriosa campanha da Segundona 2015, quando liderou a arrancada rumo ao acesso à Série A.
Já Alexandre Gallo enfrenta nos Aflitos ambiente menos tenso em comparação com os seus rivais. No entanto, também convive com o fantasma do antecessor. Quando deixou o Timbu em abril desse ano, Gilmar dal Pozzo detinha 62% de aproveitamento, edificado nas disputas da Série B 2015, do Campeonato Pernambucano 2016 e da Copa do Brasil. Foi demitido após a eliminação para o Santa Cruz nas semifinais do Estadual, onde despontava como favorito depois de terminar em primeiro no Hexagonal do Título. A exemplo dos concorrentes, o atual técnico alvirrubro tem rendimento inferior (56,25%) ao do treinador anterior, que, no entanto, não conseguiu levar o Timbu à Série A, feito que Gallo tenta conseguir com o Náutico, atualmente na 8ª colocação na Segundona.

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