Folha de São Paulo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF que “foram encontrados indícios de possível recebimento de propina” pelo ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE). Mendonça teria recebido R$ 100 mil em vantagem indevida, disfarçada de doação eleitoral na campanha de 2014. Os elementos teriam surgido do celular de Walmir Pinheiro, ex-diretor financeiro da construtora UTC, uma das empreiteiras investigadas na Lava Jato.
Também foram encontrados uma folha impressa identificando o partido Democratas e dados bancários de uma conta para doações, além de um manuscrito de R$ 100 mil e do nome do deputado Mendonça Filho e do registro impresso do tesoureiro do partido, Romero Azevedo.

Esse é o quarto ministro do governo Temer envolvido em suspeitas de irregularidades a partir da Lava Jato. Três deixaram o governo: Henrique Alves (Turismo), Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência).
Procurada, a assessoria do ministro informou que ele foi “procurador por interlocutores da UTC oferecendo doação legal no valor de R$ 100 mil” e que, na ocasião, ele respondeu que não queria a doação, “mas se a empresa quisesse doar para o partido o fizesse”.