Mirabilândia pede extensão de dois anos para transferir parque para novo terreno em Paulista

Antônio Assis
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Raquel Freitas
Folha-PE

Mais um capítulo do impasse envolvendo o Mirabilandia Park e o Governo do Estado foi escrito nesta terça-feira (2). Em audiência entre funcionários, representantes do Sindicato Interestadual dos Empregados de Cada de Diversões, Parques e Similares (Sindiversões) e Empetur, na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, o parque solicitou a extensão do contrato com o Governo em dois anos para que, nesse período, tenha condições de ser transferido para o novo terreno, em Paulista. A gestão alega problemas com o licenciamento ambiental. O acordo preliminar prevê que a administração do empreendimento apresente um projeto à Empetur com todos os argumentos que justifiquem o atraso. A resposta deve sair em 20 dias.

A Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, no entanto, reiterou - após a conversa - que o prazo para a retirada dos equipamentos do Parque Mirabilandia permanece o mesmo, ou seja, até o final do mês de março deste ano. A Secretaria informou ainda que esse tempo foi acordado com os próprios proprietários do parque em audiência judicial, há aproximadamente 20 meses. A presidente do Sindiversões, Débora Messias, teme que os 190 postos de trabalho sejam encerrados. "Esperamos que o Governo se sensibilize. Tem muita gente que depende desse trabalho", reforçou.

É o caso da analista de departamento pessoal Marilene Amaral. Ela e o marido trabalham no empreendimento há 14 anos. "Ajudo minha mãe no interior e pago a faculdade do meu filho", disse. Já para o operador de brinquedos Fábio da Silva, perder o emprego é deixar escapar a possibilidade de estar no mercado de trabalho. "Entrei como estagiário e conquistei meu primeiro emprego. Se ficar desempregado, infelizmente, vou buscar outros caminhos, como fazer um curso para Bombeiro", contou.

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