Dunga disse que é perseguido desde a década de 90, quando ainda jogava
Nelson Almeida/AFP
JC Online
Horas depois de causar polêmica em sua entrevista coletiva nesta sexta (26/6), na qual disse ser perseguido como os negros eram no Brasil, o técnico Dunga soltou uma nota no site da CBF, tentando esclarecer a situação. “Quero me desculpar com todos que possam se sentir ofendidos com a minha declaração sobre os afrodescendentes. A maneira como me expressei não reflete os meus sentimentos e opiniões”, diz o texto.
Após ser perguntado entre as semelhanças da atual geração e o grupo de jogadores que levou o Brasil à conquista da Copa América de 1989, após 40 anos de jejum na competição sul-americana, Dunga afirmou que os críticos gostam de persegui-lo.
“Nós éramos ruins com sorte e os outros eram bons com azar. Aquela seleção tinha uma cobrança de 40 anos sem Copa América e 24 anos sem Copa. Acho que sou afrodescendente de tanto que gostam de me bater. Os caras olham pra mim e falam: vamos bater nesse aí. E aí começam a me bater. Aqui na seleção só tem uma opção: ganhar. É o preço que se paga”, enfatizou o treinador.