Pernambuco esvazia controle de gastos públicos

Antônio Assis
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Giovanni Sandes
JC Online

Controle melhor ajudaria a evitar gasto excessivo apontado pelo TCE de R$ 82 milhões em obras de mobilidade

Já pensou se, em vez de estar sem Neymar, a seleção contasse com menos da metade do time titular? E se ainda por cima Felipão brigasse para não completar a equipe e ficar sem atacante, zagueiro, laterais? É a situação da Controladoria Geral do Estado (CGE). Órgão responsável por controlar dentro do governo o gasto público e evitar problemas como o das obras de mobilidade da Copa 2014, que saíram pela metade e mais caras, a CGE está esvaziada: tem 60% de seus 180 cargos sem pessoal. E o governo ainda faz o que pode para não convocar 82 aprovados em um concurso de 2010. Já houve recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e briga judicial. Ainda assim, as nomeações podem ficar para 2018.
 “O controle das contas públicas é uma questão muito em alta. Por isso não dá para entender o que está acontecendo em Pernambuco”, afirma Gleisse Gonçalo, 31 anos, uma das aprovadas no concurso da Controladoria. “Não é a única atribuição, mas um dos focos da CGE é evitar a corrupção”, ressalta.
O concurso da Controladoria teve duas etapas, uma prova objetiva e um curso de formação. A primeira fase ocorreu em 2010, último ano da primeira gestão Eduardo Campos. Mas o governo deixou de lado a segunda etapa. Eduardo encerrou sua segunda gestão, rumo à campanha pelo Planalto, e o resultado da segunda etapa só foi homologado nos primeiros dias da gestão João Lyra.

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