Armando pedirá que MPPE investigue denúncias de propina contra Paulo Câmara

Antônio Assis
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Aline Moura
Diario de Pernambuco
O senador licenciado e candidato ao governo do estado pelo PTB, Armando Monteiro Neto, afirmou, nesta quarta-feira (23), que a sua coligação vai entrar com um pedido de investigação no Ministério Público do Estado para que o órgão apure denúncias feitas pelo deputado federal José Augusto Maia (PROS), de que seu partido decidiu fazer aliança com o PSB após receber promessas de vantagens financeiras no valor de R$ 2,5 milhões. Outros partidos, como o PP, de Eduardo da Fonte, também teriam recebido propina para aderir à campanha de Paulo Câmara para o Palácio do Campo das Princesas. Os valores no total giram em torno de R$ 6 milhões, podendo chegar a mais.

A denúncia de José Augusto Maia, destituído da presidência do PROS num acordo feito pelo PSB com a direção nacional do PROS em junho, foi feita à Folha de São Paulo. Em Pernambuco, anteriormente, o parlamentar já havia dito aos aliados que tinha recebido propostas "pouco republicanas" para declarar apoio a Paulo Câmara, mas, como havia recusado, tinha perdido o comando da sigla. 
“É possível inferir a gravidade dos fatos que estão ali apontados. Por isso, nossa coligação vai propor uma medida, que seria absolutamente imprescindível, que é a de que o Ministério Público Eleitoral apure profundamente os fatos ali apontados”, declarou Armando, após uma reunião com o conselho político de sua campanha. "Existem elementos gravíssimos na denúncia de José Augusto Maia”, declarou Armando, que há tinha dito, no início da campanha, que prefeitos do seu partido estavam recebendo propostas de recursos do governo para apoiar Câmara. Na época, ele chegou a frisar que Paulo Câmara estava oferecendo o "Bolsa Eleição" e beneficiando prefeitos que mudavam de lado. 

Armando contou que não teve tempo de conversar com o deputado federal após a publicação de matéria no jornal de circulação nacional. O candidato a governador pelo PTB aproveitou a ocasião para alfinetar o adversário, a quem acusa de provocar uma poluição visual nas ruas com uma enorme quantidade de material publicitário. “Não é só questão estética ou daquilo que possa afetar o padrão de convivência da cidade. É também algo que vai além. Uma campanha limpa na acepção mais ampla do termo”, declarou.

Em maio passado, Paulo Câmara interpelou o senador Armando Monteiro Neto e o deputado federal João Paulo, no Supremo Tribunal Federal, após ser acusado de cooptar prefeitos que pretendiam apoiar a campanha do PTB e do PT.

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