Integrantes do MST pedem o fim da violência contra as mulheres e trabalhadores rurais

Antônio Assis
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Edward Pena
Folha-PE

Era para ser uma manifestação tranquila pelo fim da violência contra a mulher, principalmente as residentes no campo, mas o protesto realizado na tarde desta terça-feira, no Centro do Recife, terminou com o Palácio da Justiça manchado de tinta vermelha. As participantes da Via Campesina, que reúne movimentos socais do mundo inteiro, já no final do dia, derramaram tinta nas escadarias do prédio público e carimbaram as paredes da edificação com várias marcas de mãos. O ato, conforme a organização da Comissão Pastoral da Terra (CPT), representou o sangue dos assassinatos cometidos contra trabalhadores do campo que ficaram impunes.
Aproximadamente 400 mulheres, da Região Metropolitana do Recife e das zonas da Mata Sul e Norte, reuniram-se pela manhã e ocupação a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde realizaram uma assembleia. Em seguida, a passeata seguiu em massa pela Cidade no início da tarde, com destino ao Palácio do Campo das Princesas, onde uma comissão foi recebida pela Secretária Estadual da Mulher, Cristina Buarque.
O derrame de tinta no Palácio da Justiça foi realizado logo após o encontro com a secretária da Mulher, já no final da tarde. Sem nenhum atrito com a Polícia Militar, as manifestantes concluíram o ato e deixaram o local. À noite, a assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) revelou que a tinta utilizada para manchar a edificação é lavável e que ninguém será acionado judicialmente pelo protesto. O órgão considerou que não houve dano ao patrimônio púbico. Funcionários do TJ realizaram a limpeza do prédio

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