Marcelo Montanini
Folha-PE
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Em princípio, a decisão sobre a candidatura própria ou o apoio a Armando Neto sairá dia 23 de março. “Acredito que temos que antecipar a nossa (decisão) também, mas em conjunto”, afirmou Costa, ressaltando que a decisão no PSB foi feita pelo governador e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), sozinho. O senador petista avaliou que independente do nome anunciado, o grande trunfo dos socialistas é o próprio Campos. Contudo, “basta saber se vai conseguir transferir o prestígio dele”, observou Costa.
Com o anúncio do candidato socialista, o deputado federal Fernando Ferro (PT) avaliou que o cenário político-eleitoral de Pernambuco vai ficando mais claro para o PT. “Já não tínhamos pressa (em escolher a tática), agora vai ficando mais nítido”, declarou Ferro, que não se anima com o fato de Câmara ser ainda desconhecido. “Qualquer candidato do Governo se transforma em conhecido rápido pela máquina do Estado”, salientou.
Outro sentimento comum aos petistas é o estilo do candidato de Campos – técnico e desconhecido. “Mais uma construção, como já estamos acostumados a ver, que obedece exclusivamente ao interesse do governador”, ironizou o vice-presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro. “O PSB tem o problema sério de incoerência, que independente do candidato vai estar presente e isso rebate na campanha nacional de Campos, ou na estadual”, acrescentou o deputado federal Pedro Eugênio (PT).
Alguns petistas, em reserva, observaram que o processo de escolha do candidato promoveu um desgaste no PSB. A reação do vice-governador João Lyra Neto (PSB) também é algo que gera curiosidade no partido, visto o grau de insatisfação de Lyra Neto ao ser preterido por Campos. Contudo, nenhum correligionário acredita que o fato do secretário estadual da Fazenda ser desconhecido seja mais fácil para o PT, mas acreditam que um adversário com perfil mais político seria mais complicado neste momento.