Pernambuco é o segundo em déficit de vagas em prisões

Antônio Assis
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Pernambuco 247 - Pernambuco possui o segundo maior déficit de vagas no sistema carcerário do Brasil. Com 19.467 lugares faltantes, o Estado só perde para São Paulo, que possui 83 mil presos a mais do que o espaço disponível. Além da falta de lugares, as condições deficientes também são uma realidade para mais quase 30 mil reclusos no Estado. No Brasil, o número de presidiários supera a quantidade de vagas em mais de 200 mil, tendo 563,7 mil presos para uma capacidade de abrigar 363,5 mil detentos.
São 10.500 lugares para presidiários em Pernambuco, número insuficiente para abrigar os 29.967 detentos estaduais. Em muitos presídios pernambucanos, como o Rorenildo da Rocha Leão, na cidade de Palmares, na Mata Sul de Pernambuco, as condições não extremamente precárias. Com capacidade para 74 presidiários, a penitenciária comporta hoje um montante de 741 presos, que permanecem reclusos em celas pequenas e sem assistência médica.

Mas não é só o sistema carcerário pernambucano e paulista que está em colapso. De acordo com dados do G1, todos os Estados brasileiros possuem mais presos do que vagas. A superlotação nos presídios, inclusive, é um dos pressupostos da onda de ataques a ônibus e delegacias do Maranhão – que figura, no levantamento, entre os menores índices brasileiros –, investidas que acabaram matando, na última semana, a menina Ana Clara, de seis anos, queimada viva em um coletivo na capital, São Luís.
Praticamente todos os Estados brasileiros buscam medidas para solucionar os problemas do aumento do número de reclusos no País. Apesar de terem sido criados 42,2 mil novos lugares para abrigar o número de presidiários, o montante de detentos continua muito superior ao espaço disponível. Entretanto, para especialistas no setor, a principal medida que deve ser tomada para conter essa superlotação é o investimento na reeducação dos infratores e a aceleração na resolução dos casos de detentos que ainda aguardam julgamento - os chamados “presos provisórios”, que correspondem a 40% do número total de reclusos.
Veja aqui a matéria publicada no G1 sobre o assunto. 

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