O futuro do PT de Pernambuco será decidido neste domingo (10) durante a edição 2013 do Processo de Eleição Direta (PED) da legenda, cuja votação ocorre entre às 9h e às 17h. Em todo o Estado, 49 mil petistas estão aptos a escolher o novo presidente da sigla que comandará o partido durante as eleições de 2014, quando o PT terá a missão de montar um palanque forte para a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff em Pernambuco. Ao que tudo indica, a presidente disputará a continuidade do mandato com o governador Eduardo Campos (PSB), cujo governo era integrado oficialmente por representantes petistas até 20 dias atrás.
A relação ambígua que o PT pernambucano manteve com o governador até pouco tempo reflete o racha interno que o partido vem vivendo desde que os ex-prefeitos do Recife João Paulo e João da Costa romperam internamente, após a eleição do segundo. A crise interna no partido só foi agravada no último ano, quando João da Costa teve a candidatura a reeleição rifada pela direção petista em detrimento do senador Humberto Costa, que acabou ficando em terceiro lugar, com 17,43% dos votos. Durante o processo de escolha do candidato, o deputado federal Maurício Rands deixou o partido e a vida pública, para a qual só voltou um ano depois quando se filiou ao PSB, por discordar da condução da legenda. Afilhado político de Eduardo, o prefeito Geraldo Julio (PSB) foi eleito no primeiro turno.
A divisão interna do PT acabou refletindo no clima acirrado do PED, apesar do discurso público de unidade. Ao longo da campanha interna, o comando estadual do partido foi enquadrado pela Direção Nacional a deixar o governo Eduardo Campos depois que a ex-senadora Marina Silva ingressou no PSB, tornando irreversível uma eventual candidatura presidencial da sigla. Em setembro, os socialistas já haviam deixado o Governo Dilma para ter mais liberdade de discutir o projeto próprio para 2014. A discussão sobre a maneira como o PT deveria desembarcar das gestões do PSB acabou gerando troca de farpas entre os grupos dos dois principais candidatos a presidir o partido: o advogado Bruno Ribeiro e a deputada estadual Teresa Leitão.
Veja a entrevista dos candidatos no programa Ponto Final, da TV Jornal:
A relação ambígua que o PT pernambucano manteve com o governador até pouco tempo reflete o racha interno que o partido vem vivendo desde que os ex-prefeitos do Recife João Paulo e João da Costa romperam internamente, após a eleição do segundo. A crise interna no partido só foi agravada no último ano, quando João da Costa teve a candidatura a reeleição rifada pela direção petista em detrimento do senador Humberto Costa, que acabou ficando em terceiro lugar, com 17,43% dos votos. Durante o processo de escolha do candidato, o deputado federal Maurício Rands deixou o partido e a vida pública, para a qual só voltou um ano depois quando se filiou ao PSB, por discordar da condução da legenda. Afilhado político de Eduardo, o prefeito Geraldo Julio (PSB) foi eleito no primeiro turno.
A divisão interna do PT acabou refletindo no clima acirrado do PED, apesar do discurso público de unidade. Ao longo da campanha interna, o comando estadual do partido foi enquadrado pela Direção Nacional a deixar o governo Eduardo Campos depois que a ex-senadora Marina Silva ingressou no PSB, tornando irreversível uma eventual candidatura presidencial da sigla. Em setembro, os socialistas já haviam deixado o Governo Dilma para ter mais liberdade de discutir o projeto próprio para 2014. A discussão sobre a maneira como o PT deveria desembarcar das gestões do PSB acabou gerando troca de farpas entre os grupos dos dois principais candidatos a presidir o partido: o advogado Bruno Ribeiro e a deputada estadual Teresa Leitão.
Veja a entrevista dos candidatos no programa Ponto Final, da TV Jornal:
Bruno é apoiado pelas principais lideranças nacionais do PT pernambucano, como o senador Humberto Costa e os deputados federais João Paulo e Pedro Eugênio; este último atual presidente da legenda. O advogado, que pertence a maior corrente do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB), ainda tem o apoio dos grupos Articulação de Esquerda, Esquerda Popular Socialista (EPS), Mensagem ao Partido e PT de Lutas e Massas.
Já a deputada congrega o apoio do ex-prefeito João da Costa, do deputado federal Fernando Ferro, do atual presidente do partido no Recife, Oscar Barreto, e de 12 correntes internas da sigla: Alternativa Socialista e Democrática (ASD), Coletivo Quilombo, Coletivo PT Militante, Coletivo Esporte e Lazer, Democracia Participativa, Democracia Socialista (DS), Esquerda Socialista, Movimento Ação e Identidade Socialista (Mais), Movimento PT, Novos Rumos, Resgatando o PT do Interior à Capital e Organização Marxista. A aliança dos vários grupos é o principal trunfo de Teresa na disputa.
Além deles, disputa a eleição interna do PT o professor Edmilson Menezes, da corrente O Trabalho. Outro membro da CNB, Wladimir Quirino chegou a lançar candidatura, mas recuou há dez dias para apoiar o candidato oficial da corrente. No mesmo dia, o PT elege também representantes nacionais da sigla e presidentes municipais do partido. Caso nenhum dos candidatos consiga mais de 50% dos votos, o regimento do PED ainda prevê um segundo turno no dia 24 deste mês.
A expectativa da Direção estadual do partido é que o resultado da disputa seja conhecido ainda neste domingo, após a contagem dos votos. O processo de apuração será dificultado pelo fato de a votação ser manual, através de cédulas. A legenda não conseguiu utilizar urnas porque a Justiça Eleitoral exige uma base fixa de eleitores e a lista de votantes não estava fechada até o meio desta semana. Uma equipe profissional foi contratada pelo PT pernambucano para fazer a segurança do pleito.
Já a deputada congrega o apoio do ex-prefeito João da Costa, do deputado federal Fernando Ferro, do atual presidente do partido no Recife, Oscar Barreto, e de 12 correntes internas da sigla: Alternativa Socialista e Democrática (ASD), Coletivo Quilombo, Coletivo PT Militante, Coletivo Esporte e Lazer, Democracia Participativa, Democracia Socialista (DS), Esquerda Socialista, Movimento Ação e Identidade Socialista (Mais), Movimento PT, Novos Rumos, Resgatando o PT do Interior à Capital e Organização Marxista. A aliança dos vários grupos é o principal trunfo de Teresa na disputa.
Além deles, disputa a eleição interna do PT o professor Edmilson Menezes, da corrente O Trabalho. Outro membro da CNB, Wladimir Quirino chegou a lançar candidatura, mas recuou há dez dias para apoiar o candidato oficial da corrente. No mesmo dia, o PT elege também representantes nacionais da sigla e presidentes municipais do partido. Caso nenhum dos candidatos consiga mais de 50% dos votos, o regimento do PED ainda prevê um segundo turno no dia 24 deste mês.
A expectativa da Direção estadual do partido é que o resultado da disputa seja conhecido ainda neste domingo, após a contagem dos votos. O processo de apuração será dificultado pelo fato de a votação ser manual, através de cédulas. A legenda não conseguiu utilizar urnas porque a Justiça Eleitoral exige uma base fixa de eleitores e a lista de votantes não estava fechada até o meio desta semana. Uma equipe profissional foi contratada pelo PT pernambucano para fazer a segurança do pleito.