Encurtando a distância da educação

Aline Ramos 

Folha de Pernambuco

O privilégio de apenas estudar, sem ter que trabalhar, é para poucos, e conseguir conciliar os dois nunca foi tarefa fácil. Mas a falta de tempo hoje não é mais desculpa para não se qualificar. A flexibilidade de horários para quem faz educação a distância (EAD) foi um dos motivos que elevou o crescimento exponencial desse modelo de ensino no Brasil. Segundo o Censo da Educação a Distância da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) de 2012, mais de 3,5 milhões de brasileiros estudam utilizando essa modalidade. No estado, cerca de 25 mil alunos estão matriculados em cursos técnicos pela Secretaria de Educação de Pernambuco. Desses, oito mil estão no ensino técnico a distância. 

“Temos um público com a faixa etária bem eclética e que pode ser classificado em dois grupos: os que concluíram o ensino médio e buscam o primeiro emprego e os que já estão no mercado de trabalho mas querem se qualificar”, afirmou o secretário de Educação de Pernambuco, Ricardo Dantas.

Formada em educação física, a dona de casa Janeide Melo Cavalcanti Soares, 56 anos, deixou o trabalho em 1994 para se dedicar ao filho. Pensando em um novo emprego, Janeide se matriculou no curso técnico em Segurança do Trabalho. “Estava pesquisando na internet e fiquei muito feliz ao descobrir que existia cursos gratuitos a distância”.

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