Ativista brasileira presa na Rússia é transferida para São Petersburgo

Antônio Assis
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Agência Globo


Os trinta ativistas do Greempeace, entre eles uma brasileira, presos na Rússia em protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, foram transferidos nesta segunda-feira da cidade de Murmansk para São Petersburgo. Segundo a agência de notícias Reuters, a medida pode ter o objetivo de tentar frear as críticas internacionais contra a prisão dos ambientalistas.

Os ativistas reclamaram de ficar confinados nas celas 23 horas por dia em Murmansk. A localização da cidade portuária também dificulta o acesso dos presos aos advogados e funcionários dos consulados.

Advogados que chegaram para uma visita no presídio de Murmansk hoje foram pegos de surpresa quando informados de que os ativistas haviam sido transferidos de trem antes do amanhecer. Em nota, o Greenpeace diz que ainda não ficou claro o motivo da mudança.

- São Petersburgo tem mais luz solar nos meses de inverno do que Murmansk. Mas não temos certeza de que essa transferência significa melhores condições para os presos - disse Ben Ayliffe, um ativista da ONG que trabalha no Ártico.
A bióloga brasileira Ana Paula Maciel e os outros 29 presos foram acusados de vandalismo pelos atos de protesto próximo a uma plataforma petrolífera russa. Eles chegaram a ser acusados também de pirataria, que prevê uma pena maior, mas o governo russo voltou atrás.

No entanto, segundo o Greenpeace, a oficialização da acusação de vandalismo não retira automaticamente a acusação de pirataria. Espera-se que, em breve, a Justiça russa oficialize, também, a retirada dessa acusação. Em outubro, o pedido de fiança de Ana Paula Maciel, assim como dos outros detidos, foi negado pela Justiça do país.

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