Agência Globo
Os trinta ativistas do Greempeace, entre eles uma brasileira, presos na Rússia em protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, foram transferidos nesta segunda-feira da cidade de Murmansk para São Petersburgo. Segundo a agência de notícias Reuters, a medida pode ter o objetivo de tentar frear as críticas internacionais contra a prisão dos ambientalistas.
Os ativistas reclamaram de ficar confinados nas celas 23 horas por dia em Murmansk. A localização da cidade portuária também dificulta o acesso dos presos aos advogados e funcionários dos consulados.
A bióloga brasileira Ana Paula Maciel e os outros 29 presos foram acusados de vandalismo pelos atos de protesto próximo a uma plataforma petrolífera russa. Eles chegaram a ser acusados também de pirataria, que prevê uma pena maior, mas o governo russo voltou atrás.
No entanto, segundo o Greenpeace, a oficialização da acusação de vandalismo não retira automaticamente a acusação de pirataria. Espera-se que, em breve, a Justiça russa oficialize, também, a retirada dessa acusação. Em outubro, o pedido de fiança de Ana Paula Maciel, assim como dos outros detidos, foi negado pela Justiça do país.