Agência Câmara
A secretária de Educação Continuada do Ministério da Educação, Javaé Evaristo dos Santos, afirmou que vários municípios já aderiram ao Mais Educação, que é um programa indutor da educação em tempo integral. Já são 30 mil escolas que contam com recursos do programa. A proposta do Ministério da Educação é de terminar 2013 com 5 mil dessas escolas funcionando efetivamente em tempo integral e chegar a 10 mil escolas no ano que vem.
As declarações foram feitas durante o seminário sobre educação em tempo integral organizado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
Além do assistencialismo
A educadora Cláudia Valentina Assumpção Galian, da Universidade de São Paulo (USP), considerou importante que a educação em tempo integral comece pela população mais pobre. Mas ressalvou que existe o perigo de que essa iniciativa acabe sendo resumida a uma mera política de acolhimento para os pobres. Portanto, “é importante que haja essa distinção entre acolhimento e educação”, destacou ela.
“Não se pode pensar a experiência da educação em tempo integral apenas como a ocupação do tempo”, continuou Cláudia Valentina. “A escola em tempo integral deve acolher o aluno mas também aproveitar esse tempo para educá-lo”, explicou.
A representante do Sesc, Claudia Santos de Medeiros, contou a experiência da entidade na implantação da educação em tempo integral. Os Estados de Santa Catarina, Paraíba, Sergipe, Paraná e Rio Grande do Sul já adotam esse sistema nas suas creches. No ensino fundamental, Pernambuco e Goiás contam com iniciativas nesse sentido. E, no ensino médio, Goiás e Roraima.