Folha-PE
Jorge Farias/Folha de Pernambuco
O histórico Teatro Municipal Paulo Freire, único espaço cultural de Paulista, no Grande Recife, passa por uma das situações mais tristes de seus mais de 60 anos de existência. Artistas, atores e demais profissionais da área de cultura do município, além da própria população, lamentam o descaso que o local vem passando por parte da gestão municipal, apesar de que notificações do Corpo de Bombeiros e da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) já terem sido realizadas.
A lamentação dos populares também é que, há cerca de um mês, o prédio anexo do teatro, servido para a realização de atividades como dança, leitura e aulas teatrais, começou a ser demolido para a construção de uma subsede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
“Logo quando começamos a ouvir os boatos que essa área iria ser derrubada, procuramos a Secretaria de Cultura e fomos informados que nada disso era verdade. Agora, o que estamos vendo é um espaço importantíssimo sendo perdido. Não podemos mais fazer nada”, lamentou o diretor e professor teatral para crianças, Vinícius Coutinho. Em outros espaços do teatro o que se vê são algumas infiltrações, má ventilação, assentos desconfortáveis, acabamentos sem os devidos retoques, além de forros danificados.
Jorge Farias/Folha de Pernambuco
O presidente do movimento popular Paulista de Verdade, Thiago Lira, deu entrada com uma ação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para que a Prefeitura de Paulista atendesse as orientações do Corpo de Bombeiros e da Apevisa. “O MPPE reconheceu os problemas e já solicitou que a Prefeitura realizasse as intervenções, só que até hoje não vimos nenhuma recuperação”, expôs Thiago Lira.
De acordo com o secretário de Articulação Política de Paulista, Fabiano Mendonça, nenhuma determinação sobre interdição chegou ao conhecimento da gestão e, inclusive, reformas já foram iniciadas. “Já entregamos ao MPPE uma cópia do documento que comprova que já regularizamos as questões de segurança junto ao Corpo de Bombeiros. Com relação à Apevisa, já iniciamos as reformas”, garantiu. Com relação a demolição do prédio anexo, o secretário explicou que o fato foi um acordo estabelecido na última administração municipal.