O Cine-teatro Paulo Freire em Paulista, antigo cinema da cidade, mantido antigamente pela CTP (Companhia de Tecidos Paulista, está prestes a ser ocupado pelo TRE (Tribunal Regional eleitoral).
Com mais de 60 anos, o Teatro foi palco de vários grupos e peças locais e do Estado de Pernambuco. O nome (Paulo Freire) foi uma sugestão nossa na gestão do saudoso Prefeito Geraldo Pinho Alves, quando estávamos responsáveis pelo setor de cultura.
A atual gestão atribui ao ex-prefeito Yves Ribeiro o acordo que resultou na ocupação do teatro pelo TRE. Mas sabemos que acordos injustos ou despropositados podem e devem ser desfeitos.
O Teatro Paulo Freire é o único equipamento cultural do centro da cidade e deveria ter mais atenção por parte da Prefeitura. Uma vez que necessita de uma reforma profunda na estrutura e organização. A pauta onde as pessoas fazem o agendamento por exemplo, não fica no próprio teatro, mas na Secretaria de Turismo e Cultura, no bairro do Janga. O Teatro foi considerado em pesquisa popular realizado pelo Movimento Pró-Museu, como um dos Cartões Postais do Paulista e está incluído nos 11 IEPS(Imóveis Especiais de Preservação) da cidade, dentro do centro histórico.
No instante em que a população invade as ruas do país por uma nova agenda nacional, contra a corrupção, pela eficiência das políticas públicas e por reformas, o TRE e a Prefeitura do Paulista prestam um grande desserviço à democracia e à cultura local, ocupando um espaço de arte, lazer e entretenimento.
Esperamos que esta ocupação seja desfeita e que o Teatro Paulo Freire volte a ser o lugar da cultura, dos artistas e do povo.
Por: Prof. Ricardo Andrade
Historiador,Mestre em Gestão Pública - Fundaj) Coordenador de História - Faintvisa, Prof. de História e Administração
Prof. da Pós-Graduação de Gestão Empresarial, Marketing e Propaganda - Fama
Coordenador do Movimento Pró-Museu