A maneira como o Parque Ecológico do Janga, em Paulista, vem sendo tratado mostra o descaso com a preservação ambiental.
Parque desde 1987, o lugar de 300 hectares está sendo loteado irregularmente.
Estima-se que o terreno, antes propriedade da Companhia Paulista de Tecido, conta com mais de 5 mil lotes.
Curioso é que as invasões aumentaram durante o período eleitoral deste ano.
Os crimes aconteceram sob os olhos do estado, que criou legalmente o parque.
Para demarcar os lotes, os invasores derrubaram árvores para fazer estacas.
Isso ocorreu porque existiram falhas no projeto de implantação e fiscalização.
Agora o desafio é maior.
A Companhia de Meio Ambiente da Polícia Militar (Cipoma) age para evitar desmatamento e promete prender infratores.
É preciso mais.
Faz-se necessário cadastrar as famílias e ver se necessitam ou não de moradia.
E para a lei não ser palavra morta, desocupe-se o terreno e implanta-se o parque.
Do contrário, até as ruínas da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, do século 17, tendem a ser ocupadas por barracos.
Jailson Paz
Diário de Prnambuco