O que tem sido colocado para Eduardo Campos é que ele, como governador e líder maior da Frente, não pode deixar o Recife refém de um processo político cujo ponto principal não é a cidade mas um jogo feroz pelo poder entre os petistas. Para esses aliados, os danos provocados pelo processo sucessório do PT já são enormes e daqui pra diante será difícil administrar as consequências e é sobre essas consequências que pesa a responsabilidade do governador. Embora não tenha sido responsável pela situação a que chegou o PT, Eduardo está com a batata quente nas mãos porque é dele que depende a vitória da Frente Popular. Apesar dos muitos argumentos a favor de um outro candidato, o governador resiste à tese. Além da aliança com Lula, há um temor no Palácio das Princesas de que se optar por um outro caminho que não seja o PT, Eduardo pode ser acusado de desagregador, justo depois de todo o seu esforço para pacificar a politicamente o Estado. É, mas não se espera de um líder agradar a todo mundo.
Magno Martins