Pela primeira vez na história do Partido dos Trabalhadores, uma prévia promovida pela sigla foi cancelada. Mesmo em uma legenda que valoriza o discurso da democracia, parece que a imposição dos seus dirigentes falou mais alto. Apesar de não terem sido constatadas fraudes, a justificativa para o cancelamento do pleito do último domingo foi a ocorrência de falhas, que esperamos que sejam corrigidas para que não existam brechas para que o novo certame seja contestado. As duas partes - João da Costa e Maurício Rands - afirmaram que sairam vitoriosas com a decisão. O fato é que, como tem destacado a oposição, a única parte verdadeiramente prejudicada com o imbróglio, até agora, é o Recife - paralisado à espera das definições. No PT recifense, que vem expondo rachas cada vez mais profundos, o discurso voltou a ser de união após a definição do dia 3 de junho. Mas vale lembrar a frase proferida há poucos dias pelo prefeito: “Depois das eleições, vem o chororô”. A novela continua, com cenas semelhantes e os mesmos personagens. Mas esperamos que, dessa vez, o desfecho seja bem sucedido, para poder, enfim, dar início à trama das eleições e para que o Recife volte a ser protagonista.
Folha Política
Folha-PE
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