Dilma volta a defender redução de juros e queda de spread bancário para fortalecer economia

Antônio Assis
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Yara Aquino e Kelly Oliveira
Repórteres de Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff reafirmou hoje (13) que é preciso reduzir os juros e spreads bancários (diferença entre taxa captação pelos bancos e a cobrada dos clientes) para manter o crescimento sustentável do país. Esses dois itens e a elevada carga tributária foram citados pela presidenta como entraves para que a economia brasileira cresça de forma equilibrada e contínua.
“Temos de desmontar alguns entraves do nosso crescimento sustentável e continuado. Esses entraves podem ser resumidos, simplificadamente, na necessidade de colocar nossos juros espreads nos padrões internacionais de custo de capital”, disse em discurso na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, no evento que lançou o Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira.
A presidenta alertou também que é preciso impedir que mecanismos de combate à crise adotados pelos países desenvolvidos levem a uma valorização do câmbio brasileiro, tornando a indústria e as empresas de serviços do país “presas fáceis” de um processo de “desconstituição” e “canibalização”.
Dilma também citou a carga tributária brasileira, alvo constante de críticas dos empresários brasileiros, que a apontam como excessivamente elevada. “O Brasil tem hoje certas estruturas tributárias que são muito pesadas para serem carregadas num processo de desenvolvimento sustentável”.
Aliado a essas questões, a presidenta disse que a produtividade e a inovação são temas fundamentais para o crescimento do país e assumiu o compromisso de modernizar o Instituto Nacional de Propriedade Industrial e melhorar o registro de patentes. “Tenho certeza que nossa flexibilidade, nossa capacidade de inovação, transformará nosso país num dos grande celeiros de inovação do mundo”, observou.
No discurso, Dilma lembrou ainda que é preciso fazer com que o país cresça de forma acelerada sem gerar inflação e disse que o aumento de produtividade é um caminho para isso. “Aumento de produtividade diminui pressão inflacionária”, disse.
A presidenta conheceu, na sede da CNI, o Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira que prevê a ampliação da atuação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) nas áreas de invocação tecnológica e educação profissional para a indústria.

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