Dilma e seu topete

Antônio Assis
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trágico e Cômico
Diogo salles


Agora que Dilma está com a popularidade em 77% — e seu topete ficou com 77 centímetros —, ela teria, em tese, 77 razões para acelerar as demissões em massa nos ministérios e desmantelar de vez o loteamento de cargos deixado pelo antecessor. Mas Dilma não fará nada disso, pois se acomodou com mudanças pontuais, escolhendo a dedo os que foram pegos em “malfeitos” e deixando o resto igual para não desagradar a base aliada.
Pessoalmente, me preocupo com popularidades acima de 70%. É o tipo de situação em que a população parece dar carta branca ao poder para que ele faça o que bem entender — inclusive ignorar promessas de campanha. A maior e mais sensível dessas promessas, a meu ver, foi a de estimular os pequenos empresários e trabalhadores autônomos (Dilma chegou até a prometer um ministério para cuidar só disso). Mas até agora, nada. Só que não é com novos ministérios que se resolve o problema. Ao contrário, ele abriria mais um canal para o peemedebismo cair de boca. Teria de melhorar as leis, atacar a burocracia, que é terrível, e diminuir os impostos, que são impagáveis. Isso sem falar de todos os problemas estruturais, que a copa e as olimpíadas já estão escancarando.
Desse jeito, não vai ter laquê que chegue para manter esse topete… viu, presidente?

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