Após criticar os EUA em Cuba, Dilma não falará sobre Guantánamo na sua reunião com Obama

Antônio Assis
1 minute read
0

Blog do Josias de Souza

Três meses depois de visitar Havana, Dilma irá a Washington neste final de semana. Na segunda (9), terá um encontro com Barack Obama na Casa Branca. Em Cuba, criticou as violações aos direitos humanos na base militar de Guantânamo. Nos EUA, vai preferir se abster de tratar do tema.
Numa iniciativa inédita, o embaixador Tovar Nunes (foto acima), porta-voz do Itamaraty, foi à web nesta quinta (5), para responder a perguntas dos internautas sobre a viagem de Dilma aos EUA. Serviu-se da conta mantida pelo Ministério das Relações Exteriores no Twitter.
As limitações da plataforma não permitiram o aprofundamento dos temas. Mas Tovar deu aos navegantes uma ideia geral sobre a agenda de Dilma e os temas que serão tratados com Obama.
Inquirido sobre a base militar mantida pelos EUA sob as barbas de Fidel Castro, o embaixadoranotou: “[…] Não está previsto que a questão de Guatánamo seja singularizada na reunião” de Dilma com Obama.
Em 31 de janeiro, de passagem por Havana, Dilma foi instada por dissidentes cubanos e por jornalistas a comentar as violações aos direitos humanos na ilha dos irmãos Fidel e Raúl Castro. Tergiversou, generalizou e, depois, apontou o dedo para os EUA. Só não falou de Cuba.
Dilma disse que enxerga a encrenca dos direitos humanos sob uma “perspectiva multilateral”, não como “arma de combate político ideológico.” Acrescentou, em timbre abrasivo:
“Nós vamos falar de direitos humanos em todo o mundo? Vamos ter de falar de direitos humanos no Brasil, nos EUA, a respeito de uma base aqui, que se chama Guantánamo.”