O "engavetamento" do Plano de Mobilidade da prefeitura

Antônio Assis
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Ana Luiza Machado
Diário de Pernambuco

Remetido à Câmara dos Vereadores do Recife em junho de 2011, o Plano de Mobilidade Urbana do Recife, entre idas e vindas, vai para o terceiro ano sem ser votado pela Casa. A proposta, recolhida pelo Executivo após ter a eficácia questionada na Comissão Especial de Mobilidade da Câmara, não tem data para ser devolvida, o que vem motivando cobranças da oposição. O plano tem como objetivo disciplinar e propor melhorias no trânsito, no transporte coletivo de passageiros e na acessibilidade para o pré e o pós-Copa do Mundo.
A primeira proposta foi enviada à Câmara do Recife pelo ex-prefeito João da Costa (PT), que após uma série de audiências públicas com setores da sociedade, promovida pela comissão especial, teve o parecer rejeitado pelo relator e ex-vereador Múcio Magalhães, também petista. Os vereadores produziram 59 emendas nos últimos dias do período legislativo de 2012. Para evitar uma derrota, o Executivo pediu para que a proposta fosse retirara de pauta. Já neste ano, em junho, o prefeito Geraldo Julio (PSB) pediu de volta o projeto, para que ele fosse refeito e novamente enviado à Câmara. O que ainda não aconteceu.
O recolhimento do plano ocorreu em junho, mas a promessa de que isso aconteceria é mais antiga, de fevereiro, feita pelo secretário de Mobilidade, João Braga. A justificativa era de que ele seria analisado, revisto e aprofundado e, só depois, enviado ao Legislativo para apreciação dos vereadores. A realização de pesquisas como a de origem/destino e o plano de adensamento urbano foram apontadas por vereadores da base de governo e da oposição como pré-requisitos para a viabilização e credibilidade do Plano de Mobilidade.

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