Os “Gomes” Abrem a Dissidência no PSB

Antônio Assis
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Inaldo Sampaio

Antes mesmo de o PSB definir-se, oficialmente, sobre se terá ou não candidato próprio a presidente da República em 2014, os irmãos “Ferreira Gomes” (Cid e Ciro), do Ceará, já são candidatos a dissidentes. Eles mantêm distância regulamentar do presidente nacional do partido, Eduardo Campos, desde a vitória de Dilma em 2010. Porque o governador de Pernambuco foi contemplado com o Ministério da Integração Nacional, cabendo-lhes tão somente a Secretaria Nacional dos Portos.

Eles queriam o aval de Eduardo para colocar Ciro no Ministério da Saúde. Mas esbarraram na resistência da própria Dilma, que já havia prometido a pasta ao PT para o sanitarista Alexandre Padilha. A partir deste episódio, a relação entre as partes deteriorou-se. Os “Gomes” não convidaram o presidente do partido nenhuma vez para ir a Fortaleza nesta eleição municipal, mesmo conscientes de que ele poderia fazer a diferença em relação a Lula, que esteve lá para apoiar o PT.

Além disso, não aceitam nem por hipótese a candidatura presidencial do governador de Pernambuco. Ciro afirma dentro e fora do partido que tem mais “quilometragem” do que Eduardo para encabeçar uma chapa presidencial. E seu irmão, Cid, além de ter reprovado o deputado Romário, na semana passada, por ter lançado o nome do político pernambucano, ainda fez esta profecia divisionista: “O Eduardo Campos pode até ser presidente da República, mas não agora em 2014”.

É cedo - FHC considera “cedo” para prever o que ocorrerá no país em 2014 e diz por quê: há pouco mais de um mês, lembrou, Celso Russomano (PRB) liderava a corrida pela prefeitura de SP. Não foi sequer ao 2º turno e o azarão Fernando Haddad (PT) foi quem chegou lá.

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