A presidenta Dilma Rousseff será a primeira governante a discursar hoje
(25), em Nova York, na abertura da 67ª Assembleia Geral das Nações
Unidas (ONU). Ela pretende enviar uma série de mensagens à comunidade
internacional, como a busca pelo fim de conflitos, como o da Síria, sem a
intervenção militar. Também vai sugerir que os países se empenhem em
executar as metas fixadas na Conferência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
Dilma pretende ainda defender
a necessidade de um esforço conjunto para tentar o reequilíbrio
econômico no cenário internacional, atenuando os impactos da crise,
principalmente nos países da zona do euro. A presidenta deverá também
ressaltar que o Brasil sediará dois grandes eventos esportivos, a Copa
do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016.
Antes do discurso, a
presidenta conversa com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O
discurso de Dilma deve ocorrer por volta das 10h (horário de Brasília).
Ontem (24), ela se reuniu com o presidente da Comissão Europeia, o
português José Manuel Durão Barroso.
De acordo com Durão
Barroso, eles conversaram sobre os impactos da crise econômica
internacional na zona do euro e as medidas em discussão para conter
esses efeitos, as possibilidades de ampliação do comércio entre o
Brasil e a União Europeia, além de uma cúpula que ocorrerá no próximo
ano em Brasília.
A presidenta chegou anteontem (23), de manhã, a
Nova York. Nos últimos dias, o único compromisso oficial foi com Durão
Barroso. Dilma se dedicou a finalizar o texto para o discurso de hoje.
Ela viajou acompanhada pela filha Paula e por seis ministros.
No discurso hoje, a presidenta deverá reiterar a necessidade de respeitar a soberania interna e a ordem democrática - referências que dizem respeito diretamente à Síria e ao Paraguai. Na Síria, Dilma deverá defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o respeito aos direitos humanos e a não intervenção militar.
No discurso hoje, a presidenta deverá reiterar a necessidade de respeitar a soberania interna e a ordem democrática - referências que dizem respeito diretamente à Síria e ao Paraguai. Na Síria, Dilma deverá defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o respeito aos direitos humanos e a não intervenção militar.
Dilma
deverá, mais uma vez, apoiar o direito de a Palestina ser um Estado
autônomo. Ela deve mencionar a necessidade de buscar um acordo de paz
entre palestinos e israelenses por meio de negociações.
No
âmbito regional, a presidenta deve ressaltar que atualmente na América
Latina a integração está diretamente relacionada ao respeito à
democracia. É uma referência à necessidade de preservar a ordem
democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam que não
ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando
Lugo, em 22 de junho.