Alimentos Mais Saudáveis

Antônio Assis
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Folha-PE

Com o objetivo de melhorar a dieta do brasileiro e promover maior qualidade de vida, o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA) assinaram documento que estabelece metas nacionais para a redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil. Valer dizer que o termo de compromisso prevê a redução em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais. A estimativa é retirar 8.788 toneladas de sódio do mercado brasileiro até 2020. A iniciativa faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, lançado em agosto do ano passado pelo MS.
É válido também acrescentar que o acordo com a indústria faz parte de uma série de ações que promovem a melhoria da qualidade de vida da população hipertensa. Pesquisa realizada, com mais de 54 mil brasileiros em 2011, revelou que a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta. Se o consumo de sódio for reduzido (para a recomendação diária da OMS), os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.

Esta é a terceira etapa do acordo que o Ministério da Saúde firmou para oferecer alimentos industrializados mais saudáveis, e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas na população, sobretudo, entre os mais jovens. Com esse novo termo, o Ministério da Saúde pretende oferecer um alimento mais saudável, tanto no ambiente familiar quanto nos locais de trabalho. O Brasil se antecipa às ações que a Organização Mundial de Saúde pretende adotar em relação ao sódio. E o modelo seguido pelo Ministério da Saúde pode se tornar referência para outros países. A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado.

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