Teixeira diz que continua no comando da CBF

Antônio Assis
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Agência Estado
Em uma assembleia geral extraordinária com os presidentes das 27 federações estaduais, nesta quarta-feira, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro), Ricardo Teixeira decidiu continuar na presidência da entidade, apesar dos rumores de uma possível renúncia ou afastamento do cargo.
No poder desde 1989, Ricardo Teixeira tem mandato na CBF até 2015. O dirigente é também presidente do COL - Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil.
Caso o dirigente renunciasse, assumiria, de acordo com o estatuto, o vice-presidente mais velho: José Maria Marin, de 79 anos, ex-governador de São Paulo e apadrinhado por Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF). Se o presidente da CBF pedisse licença, no entanto, poderia escolher qualquer um dos cinco vices.
Trajetória e denúncias
Enquanto comandou a CBF, Teixeira viu de perto um dos momentos mais vitoriosos e lucrativos do futebol brasileiro na história. Durante quase 20 anos, a Seleção nacional esteve no topo e foi favorita em todas as competições que participou. Foram duas Copas do Mundo, em 1994 e 2002, erguidas por capitães brasileiros, além do vice-campeonato de 1998, quando o Brasil foi superado pela França na final. Outros títulos importantes, como três Copas das Confederações e quatro Copas Américas também foram conquistadas, embora o ouro olímpico tenha persistido inalcançado.
Fora de campo, por outro lado, toda a gestão foi marcada por seguidas denúncias de corrupção e escândalos que desgastaram a imagem do cartola. Em 2000, Teixeira ficou perto da saída durante as CPIs do Futebol e da CBF/Nike, mas resistiu a pressão e continuou no cargo. Desta vez, o pedido de demissão seria uma forma de evitar que a Justiça suíça suspenda o sigilo do dossiê ISL, que trata do recebimento de propina de dirigentes da FIFA durante a década de 90. Ele foi protagonista de várias reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo no último dia, que o relacionava com a empresa Ailanto, acusada ter superfaturado verba na realização do amistoso entre Brasil e Portugal, em Brasília.

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