Paulista leva ação “Àṣẹ Porã” com serviços de saúde e cidadania aos terreiros

Antônio Assis
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Para levar serviços públicos essenciais para comunidades tradicionais e espaços de matriz africana, a Prefeitura do Paulista, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos, promove na próxima quinta-feira (28), mais uma edição do projeto “Àṣẹ Porã: Cidadania & Saúde nos Terreiros”. A ação itinerante será realizada no Centro Espiritualista A Caminho de Aruanda (CEACA), localizado na 4ª Travessa São Francisco, nº 72, Jardim Maranguape, das 8h às 13h.

A iniciativa, que integra o calendário permanente de Direitos Humanos do município, é desenvolvida em parceria com a Secretaria de Saúde e o Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e Combate ao Racismo (CMPPIR). Entre os serviços oferecidos estão emissão de documentos (RG e certidões), cadastro no CadÚnico, solicitação do VEM Livre Acesso, emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA), vacinação para pessoas e animais, aferição de pressão,  mamografia e citologia.

De acordo com a secretária Amanda Rodrigues, a proposta é aproximar a gestão pública das comunidades e eliminar barreiras no acesso aos serviços. “Queremos que os serviços cheguem onde as pessoas estão. Muitas vezes, por falta de tempo ou por dificuldades de acesso, os cidadãos deixam de atualizar documentos ou cuidar da saúde. Nosso objetivo é facilitar esse acesso e reconhecer os terreiros como espaços de cuidado e cidadania”, afirmou.

O superintendente de Direitos Humanos, Kléber Pyrrho, reforça que a ação está alinhada com princípios constitucionais e com as diretrizes nacionais de direitos humanos. “Nosso trabalho é garantir que todos tenham acesso aos direitos fundamentais, com respeito às características e especificidades de cada pessoa. Equidade e inclusão são pautas que precisam ser incorporadas por toda a sociedade”, destacou.

Para o diretor de Igualdade Racial, André Luís, a ação tem um papel estratégico na valorização das comunidades tradicionais. “Além de oferecer serviços essenciais, o ‘Àṣẹ Porã’ reconhece os terreiros como territórios de saber e acolhimento. É uma forma de enfrentar preconceitos e garantir que as políticas públicas cheguem a todos, sem discriminação”, afirmou.

A ação é mensal e vem se consolidando como uma política de aproximação e inclusão. O nome “Àṣẹ Porã” combina termos de duas matrizes culturais: “Àṣẹ”, de origem iorubá, que significa poder, força ou energia sagrada; e “porã”, do tupi-guarani, que remete ao belo ou ao bom. A expressão pode ser compreendida como “força bela” ou “energia positiva”, unindo simbolicamente as tradições afro-brasileiras e indígenas.

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