Blog do João Alberto
1. O encontro com Papai Noel na loja da Viana Leal, na Rua da Palma, era o grande point do comércio da cidade na temporada natalina. Primeira loja a ter uma escada rolante, atraia sempre muitas crianças ao quarto andar, onde era possível encontrar o Papai Noel. Os pais sempre levavam suas máquinas fotográficas para registrar o encontro, na época não tínhamos celular.
2. A exposição dos presépios do Irmão Afonso Haus, que atuou no Colégio Marista do Recife, entre 1940 e 1960 e que morreu aos 101 anos, em Belém. Muita gente conhecida do Recife estudou com ele e tem ótimas recordações, aproveitando os eventos para reencontrá-lo. Ele passava o ano inteiro preparando os presépios, que mostrava sempre em exposições, primeiro no Colégio Marista, depois no Colégio São Luiz. Peças eram vendidas, com renda para instituições filantrópicas.
3. As monumentais festa de Natal que o coronel Clovis Wanderley e a esposa Neusa promoviam para os filhos dos integrantes da Polícia Militar, que ele comandava, na Praça do Derby. Espaço ganhava uma grande e bela árvore de Natal. Foi lá que, pela primeira vez, o Papai Noel chegou de helicóptero, causando sensação.
4. A Missa do Galo, na Praça do Derby exatamente à meia noite. Estive em várias, com minha mãe muito festejada pelos governadores da época, que nunca faltaram. Devido à segurança, cerimônia foi antecipada para as 20h, no mesmo local, ainda bonita, mas sem o glamour da época da meia-noite Durante dois anos foi transferida para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, mas felizmente voltou para a Praça do Derby, sempre atraindo uma multidão e celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife.
5. A decoração da Praça do Entroncamento, que era sempre deslumbrante, promovida pelo Grupo Nordeste de Segurança. Seu presidente, o major Hilson Macedo, sempre fazia questão de participar da sua abertura, que reunia muita gente conhecida Tão bonita, que era comum vir caravanas de outros estados para contemplá-la. Claro que a iluminação do Recife neste ano está maravilhosa, mas é triste passar pela Praça do Entroncamento às escuras e recordar o período em que brilhou.
6. Os sorteios que os shoppings centers promoveram durante muitos anos, distribuindo automóveis e até apartamentos e que atraiam um grande número de clientes. A troca das notas de compra pelos carnês era sempre com filas imensas. Uma executivo de um dos shoppings me revelou que a iniciativa foi suspensa, porque o custo da estrutura para o sorteio era muito maior do que o valor dos prêmios.
7. Durante muitos anos o centro da cidade, especialmente as ruas da Imperatriz e Nova e a ponte da Boa Vista ganhava bela decoração, organizada por uma agência de publicidade, com a parceria com a Prefeitura do Recife. E que incluía também, o sorteio de muitos prêmios.
8. O concurso que a Prefeitura promovia para eleger a melhor decoração natalina dos edifícios da Avenida Boa Viagem, que provocava disputa entre os condomínios. Hoje, temos algumas casas que ganham decoração especial pelos subúrbios, sempre mostradas com destaque pelas emissoras de televisão.
9. Um voo da Varig, que fiz na véspera de um Natal, do Rio para o Recife, com toda a tripulação usando gorro natalino e a presença a bordo de um Papai Noel, que distribuiu presentes com todos os passageiros. Até hoje guardo o copo de cristal, com o emblema da empresa que veio na caixa. E teve ainda o sorteio de uma para Nova York. Infelizmente, não fui o sorteado.