Marília Arraes tem reafirmado o seu compromisso com todas as manifestações artísticas, especialmente, com a cultura popular, inspirada no Movimento de Cultura Popular, MCP, articulação coordenada por seu avô, Miguel Arraes, e figuras ilustres, como Paulo Freire, Germano Coelho, Abelardo da Hora, Ademir Araújo etc.
Marília, assim como o ex-presidente Lula, enxerga a cultura e sua centralidade, no processo de retomada do, desenvolvimento com sustentabilidade, em suas dimensões, simbólica, econômica, e transversal/intersetorial, para além dos ciclos, editais e da cultura de massa, rompendo com a lógica, do "pão e circo". Infelizmente, ainda praticado pela imensa maioria dos gestores.
A ampliação do orçamento para no mínimo 2%, a ampliação da democratização e dos mecanismos de controle social, a conexão da economia da cultura e da economia criativa, por exemplo, com as Tecnologias da informação e Comunicação), TIC, serão fundamentais para uma plataforma, que dialogue com a tradição e a modernidade.
O olhar para os artistas locais, será outro ponto de destaque, visto que seus cachês, além de não serem reajustados, faz muito tempo, demoram meses para serem pagos.
Um estado feito Pernambuco, merece uma gestão arrojada, que revolucione as práticas, e que tenha na cultura, um instrumento de transformação da dura e perversa realidade, na qual vivemos. É parte de um dos imensos desafios e compromissos de Marília Arraes.
* Ricardo Andrade é Professor, Mestre em Gestão Pública/Fundaj, Historiador, compositor e Presidente do Bloco Lírico Flabelo Encantado.