Em política, aprendi muitas lições, entre elas não subestimar a força do adversário. Meu avô dizia que política não é como peru, que se mata de véspera. Se a Frente Popular confirmar a candidatura de Carlos Veras para o Senado, como se desenha, provavelmente Pernambuco assistirá a um confronto entre dois sertanejos. Ele é de Tabira, eu, mais estimulado ainda a entrar no páreo, de Afogados da Ingazeira.
Ele surge como o representante do status quo, vai defender a continuidade deste governo perverso do PSB, recheado de escândalos, foco concentrado desde as operações envolvendo a Arena, com desdobramentos nos desvios de recursos da pandemia na Prefeitura do Recife, apontados e investigados pela Polícia Federal.
Veras é do Pernambuco que parou no tempo, passado para trás pelo Ceará e a Bahia. Eu sou o combativo jornalista que aponta os malfeitos do Pernambuco dos poderosos, que governam para eles, que abandonam as entradas, a saúde, paga salários merrecas aos professores e se dão ao direito de promover aglomerações, enquanto o comércio vive uma crise sem precedentes, com uma indústria igualmente falida.
Enquanto Veras é da escadinha de Humberto, a escada que eles armam para mim são uma penca de processos na justiça que o senador e a turma da pesada do PSB, a começar por Geraldo Julio, recorrem na área criminal querendo calar o blog.
O julgamento do leitor e eleitores será na urna.