O Podemos votou contra o aumento do “fundão”, que agora será de R$ 5,7 bilhões para as eleições de 2022. Essa não foi a primeira vez que o partido foi contra o fundo eleitoral. Em 2019, o Podemos já tinha votado de forma contrária à matéria.
O aumento do “fundão” foi aprovado na última sexta-feira (17), por 317 votos na Câmara. Logo em seguida, o Senado confirmou a decisão por 53 contra 21.
“Infelizmente, o Senado confirmou o voto da Câmara e derrubou o veto presidencial ao aumento do Fundão Eleitoral para R$ 5,7 bilhões para 2022. Votei pela manutenção do veto, pois considero esse valor um absurdo com o qual não posso concordar”, reagiu o senador Lasier Martins.
De acordo com a imprensa, a união entre o PL, do presidente Bolsonaro, e o PT, de Lula, viabilizou os votos necessários para a aprovação do “fundão”.
Pelas redes sociais, os novos filiados do Podemos, Sergio Moro e Deltan Dallagnol, também reagiram.
“Aumentar o fundo eleitoral para 5.7 bilhões de reais é uma decisão errada. Não é apropriado, especialmente neste momento, em que tantos brasileiros passam por enormes dificuldades. Também não se justifica mais essa agressão ao teto de gastos”, criticou Moro.
“Enquanto muitos brasileiros passam fome e não têm o que comer, o Congresso derrubou veto do presidente e triplicou os recursos para o Fundo Eleitoral. Precisamos buscar soluções inovadoras, econômicas e transparentes para financiar as eleições, em substituição ao fundo, que reduzam o risco de corrupção e de abuso de poder”, propôs Dallagnol.