Frente Parlamentar recebe representantes das cooperativas de saúde

Antônio Assis
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Representantes das cooperativas de saúde de Pernambuco participaram, nesta segunda (18), da reunião virtual da Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo da Alepe. Criado com o objetivo de conhecer e fortalecer o trabalho dos que atuam no segmento, o colegiado temporário escutou demandas de médicos e demais profissionais do ramo.

O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em Pernambuco, Malaquias Ancelmo, informou que o cooperativismo médico teve início em 1967, na cidade de Santos (SP), quando o médico Raimundo Castilho reuniu colegas para formar a Unimed. “A ideia se espalhou e hoje temos o maior sistema do tipo no mundo, prestando assistência a mais de 18 milhões de pessoas em todo o Brasil”, contou.

Segundo ele, atualmente, 40% do atendimento médico-hospitalar no País é realizado via cooperativas, que atuam por meio de planos de saúde. “No começo, eram apenas consultórios, mas, depois, criou-se uma rede importante de hospitais”, frisou. Também existem as entidades de especialidades médicas, que trabalham por meio de contratos e convênios com o Poder Público ou a iniciativa privada. Ancelmo citou o exemplo dos anestesiologistas e disse que integrar esses grupos “dignifica a atividade profissional”.

O presidente da OCB pediu apoio no sentido de promover um debate com a bancada federal pernambucana sobre a definição do “ato cooperativo” no texto da Reforma Tributária ( Proposta de Emenda Constitucional nº 110/2019), que tramita no Congresso Nacional. “Hoje essa iniciativa é regida por normas infralegais, as quais deixariam de existir com a aprovação da matéria. Nosso segmento corre o risco de vir a sofrer com uma tributação injusta”, explicou. “Para evitar que isso aconteça, há uma mobilização para incluir a Emenda n° 8 na proposição.”

DIFICULDADE – Para Waldemar Borges, falsas cooperativas atrapalham: “Temos de estar atentos, pois isso prejudica a credibilidade do segmento”. Foto: Nando Chiappetta

A sugestão foi endossada pelo presidente da Unimed Caruaru, Pedro Melo. “A atividade realizada pela cooperativa não tem cunho mercantil”, enfatizou. O gestor defendeu que o Governo de Pernambuco contrate médicos por meio dessas organizações, como já ocorre em outros Estados. “Essa medida iria sanar o déficit de profissionais, principalmente no Interior”, observou.

Os deputados Erick Lessa (PP) e Laura Gomes (PSB) parabenizaram os médicos presentes pela passagem da data em homenagem à categoria, neste 18 de outubro. “Agradecemos a dedicação e a sensibilidade inerentes a esse trabalho. Aqueles que são cooperados merecem toda a nossa atenção e devem ser fortalecidos”, pontuou Lessa.

De acordo com o coordenador da Frente Parlamentar, deputado Waldemar Borges (PSB), quer seja no ramo da saúde ou em outro, o que mais atrapalha o setor são as falsas cooperativas. “Temos de estar atentos, pois isso prejudica a credibilidade do segmento. Associar-se à OCB é uma forma de atestar o valor da entidade”, opinou.

O socialista também alertou que a fase para a escuta de cooperativas está se encerrando. O colegiado ainda deve se reunir com representantes das áreas de transporte e de infraestrutura nas próximas semanas. “Em seguida, iremos elaborar um documento com todas as informações colhidas nos encontros”, anunciou.

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