COMUNICAÇÃO DE DESFILIAÇÃO E AFASTAMENTO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES – PT

Antônio Assis
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Inicialmente, nós que subscrevemos esta nota de comunicação conjunta, consideramos esse documento uma 
decisão muito difícil na nossa história de militância política, porém, foi uma ruptura necessária com os 
rumos e opções danosas seguidas pela PT – Paulista recentemente, o que motivou a desfiliação em 03.04.20 
de uns e o afastamento de outro, para continuar defendendo os princípios de respeito à base, de autonomia 
partidária e a construção da luta popular e social, mesmo que fora das instâncias formais do PT.

Na verdade, esse desfecho é uma crônica de um fim anunciado, pois já vínhamos denunciando todos os 
desmandos do núcleo dirigente atual, mesmo antes de tomarem o poder, através do recurso eleitoral 
interposto no PED, onde indicávamos uma relação promiscua mantida entre nossos concorrentes e agentes 
externos que interferiram no PED. 

No entanto, este não é um ressentimento de derrotados, é um desabafo de um conjunto de militantes que 
viram sua ferramenta de luta se transformar em moeda de troca no jogo político. 

Não bastasse o processo eleitoral interno ter sido maculado por tantas irregularidades, que teve a conivência 
da comissão eleitoral estadual, que fez vista grossa mesmo com provas robustas, pois a nosso ver a apuração 
dos fatos foi apreciada levando em consideração o interesse da maioria política da comissão, e não um 
julgamento legal conforme as regras estabelecidas no Regulamento Eleitoral; e em que pese a nacional ter 
dado mais atenção ao caso, inclusive mandando RENATO SIMÕES como assistente, para apurar 
denuncias e ouvir as partes, o pleito se arrastou e foi apenas parcialmente provido. 

Porém, o fato que tornou insustentável a nossa caminhada nas fileiras do PT, sob nova direção, foram as 
relações promiscuas mantidas entre o PT e o PSB local, onde a montagem da chapa proporcional de 
vereadores sofreu flagrante ingerência do Executivo municipal em detrimento as instâncias partidárias, e 
nem sequer o respeito ao rito da direção, mas a celebração de um casamento arrumado com o PSB 
combinado com a interferência dos socialistas no acordo do PED, com a conta a ser paga com a montagem 
da Chapa de Vereados no birô do prefeito. 

Tínhamos definidas 03 premissas para orientar nossas ações no recrutamento dos nossos candidatos, tanto 
dos chamados orgânicos como também entre os lutadores e lutadores do povo trazidos ao PT para a tarefa de 
disputar as eleições, mas, no entanto, o que se viu foi a desmobilização das forças internas, que não 
trouxeram nem militantes nem candidatos para compor, confirmando nossas desconfianças de que o PT seria 
uma legenda de aluguel para acomodar os mais de 300 pré-candidatos ligados à gestão, e ao final, com a 
montagem da Chapa boicotada pelos próprios companheiros, ficou fácil justificar o pedido de socorro para o 
PSB completar (montar) a Chapa do PT. Dito e feito.

A gota d’água foi a posição da corrente ASD, que apesar de não ter apresentado nenhum nome para 
composição da Chapa, e mesmo concordando inicialmente com as premissas de não aceitar candidato 
bolsonarista (1), suplente acima do teto estabelecido pelo partido (2), nem tampouco trazer vereador de 
mandato (3), onde a ASD além de não propor qualquer nome para compor a Chapa do PT, deixou para 
apresentar a vinda do vereador de mandato NILDO SOLDADO aos 45 minutos do segundo tempo, e 
pasmem, tudo pareceu combinado demais pra ser um descumprimento unilateral, ou seja, estávamos 
tratando com lideranças internas, não merecedoras de confiança e que agiram mancomunadas, de forma 
ardilosa e premeditada. 

Por fim, após a quebra do acordo em 28.03.2020, a “Chapa do PT” foi montada de última hora, num 
verdadeiro feirão, com descumprimento flagrante de todas as premissas, o que compromete tanto a 
viabilidade da Chapa para a concorrência petista, como descaracteriza nossas bandeiras de luta, e em que 
pese o fato de constar na lista valiosos lutadores e lutadoras recém-chegados, é certo que o Partido dos 
Trabalhadores teve prejudicada a possibilidade de se apresentar para a sociedade como uma alternativa 
diferenciada dos partidos da ordem, razão pela qual comunicamos que não fazem mais parte dos quadros do 
PT GEORGE FREITAS, MARIA APARECIDA E NAYANA CRUZ, além do AFASTAMENTO de 
LUCIANO MORAIS, por não reconhecer na lista de nomes que o PT apresentará como opção de 
candidaturas a vereador em Paulista uma representação partidária, e sim o pagamento da conta da 
intervenção externa no PED, que transformou o PT numa sublegenda para acomodar a demanda do PSB, e 
sendo assim, seguiremos juntos na luta por uma política com base social e no combate ao fisiologismo, para 
mesmo fora, SER MAIS PT DO QUE MUITOS QUE IRÃO OSTENTAR A ESTRELA E O 
NÚMERO 13. 

Paulista, 16 de abril de 2020. 

GEORGE WASHINGTON JAIME DE FREITAS (Ex-presidente municipal do PT, atualmente na 
Executiva municipal e pré-candidato à vereador) - DESFILIAÇÃO 

MARIA APARECIDA FREIRE BESERRA (Diretório municipal e pré-candidata à vereadora) - 
DESFILIAÇÃO 

NAYANA COSTA CRUZ (militante e pré-candidata à vereadora) - DESFILIAÇÃO

LUCIANO MORAIS DE SOUZA (Ex-presidente municipal do PT e atualmente no Diretório municipal)- 
AFASTAMENTO

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