O preço a pagar

Antônio Assis
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Marisa Gibson
Diário Político

A ausência do estado de Pernambuco no encontro entre o futuro presidente Jair Bolsonaro e os governadores eleitos, terá um preço - é essa a avaliação que está sendo feita no meio político. De férias na Europa, o governador Paulo Câmara (PSB) juntou-se aos colegas nordestinos que se recusaram a participar da reunião, e a vice governadora eleita Luciana Santos (PCdoB), que iria representá-lo, não foi. “Além de configurar um boicote, foi uma decisão política de opositores do governo federal e a fatura será cobrada não em bloco, mas separadamente”, argumenta-se.

Pernambuco, assim como os demais estados nordestinos passa por dificuldades econômico-financeiras sérias - Rio Grande do Norte e Sergipe, por exemplo, estão quebrados - e um gesto político de boa vontade seria muito mais proveitoso do que a rebeldia.

Bem, aliados do governo, lembram que Paulo acusou o Governo Temer de retaliação porque o PSB, após um período de independência, rompeu com o Palácio do Planalto. Imagine agora com tamanha recusa. Esses mesmos aliados temem que Paulo enfrente no Governo Bolsonaro dificuldades tão pesadas como as que Arraes passou no Governo Fernando Henrique (PSDB), quando sequer teve o direito de utilizar os recursos da venda da Celpe, que ficaram bloqueados até que Jarbas Vasconcelos (MDB), aliado do tucano, assumisse o governo do estado.

Há ainda a tese de que Paulo teria concordado com a ausência de Pernambuco no encontro com Bolsonaro para não se distanciar tão rapidamente do PT. Afinal, a eleição mal acabou. Por fim, muitos discordam de que a reunião não tivesse um caráter institucional só pelo fato de ter sido articulada pelo governador eleito João Dória (SP/PSDB):”Quem politizou a situação foram os governadores nordestinos”, sentenciou um socialista.

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