A tática das oposições é repetir a formula de 2006 - Inaldo Sampaio

Antônio Assis
0

As oposições ao governo Paulo Câmara estão convencidas de que é melhor para todo mundo o lançamento de dois ou três candidatos ao governo estadual para garantir o segundo turno. Com apenas um nome na jogada, há uma grande probabilidade de o governador reeleger-se no primeiro turno, pois apesar dos múltiplos problemas que o governo atravessa, ele ainda está numa posição confortável: cerca de 20% de avaliação positiva (bom e ótimo) e 35% de avaliação regular. Daí todos estarem convencidos de que a melhor tática para enfrentá-lo é repetir o cenário de 2006, quando se candidataram Eduardo Campos (PSB) e Humberto Costa (PT) contra o então governador Mendonça Filho (DEM). Este último foi ao segundo turno com o candidato do PSB, que graças ao apoio do petista venceu a eleição por uma maioria confortável. É o que deverão fazer agora os senadores Armando Monteiro e Fernando Bezerra Coelho, e a vereadora Marília Arraes. O trio ensaia suas candidaturas ao governo estadual e o que for para o segundo turno com Paulo Câmara teria o apoio dos outros dois. Essa tática deu certo em 2006 contra o governo e poderá dar certo novamente em 2018 a favor das oposições.

Unidade > O ex-governador João Lyra Neto e o ex-ministro Bruno Araújo torceram fervorosamente para que Geraldo Alckmin aceitasse a convocação para presidir o PSDB, a fim de garantir a unidade do partido na próxima sucessão presidencial.

Confronto > Caso houvesse o confronto Tasso Jereissati x Marconi Perillo, o PSDB inevitavelmente racharia. O primeiro é a favor do rompimento com o governo Temer e o segundo, contra. Até porque um deputado goiano (Alexandre Baldy) substituiu recentemente Bruno Araújo no Ministério das Cidades.

Ascensão > Pesquisa para consumo interno do PT aponta a vereadora Marília Arraes (PT) como candidata competitiva ao governo estadual. Ela aparece em alguns cenários com cerca de 20% de intenções de voto, algo que o Partido dos Trabalhadores jamais imaginou.

Revisão > Paulo Câmara aproveitou a reunião da Frente Nacional dos Prefeitos que se realizou ontem no Recife para defender a revisão do chamado “Pacto Federativo”. É uma bandeira com a qual estados e municípios estão a favor, e da qual o governo federal deseja distância porque não quer abrir mão de suas receitas.

Só em março > O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) somente dirá em março ao seu partido (PSD) se aceitará ou não a candidatura à sucessão de Michel Temer. Caso tope a parada, terá um soldado leal em Pernambuco: André de Paula, presidente regional do partido.

Elogio > Presente à posse do novo secretário de Desenvolvimento Social, Cloves Benevides, o ex-secretário de Articulação da Casa Civil (governo Eduardo Campos), Gilberto Rodrigues, comentou: “O homem é bom de discurso e de currículo, e poderá contribuir bastante para a reeleição do governador”.

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)