Local no Recife com a única torre de dirigível ainda de pé no mundo está maltratado

Antônio Assis
0
Placa do torre do Zeppelin
Foto: Rafael Furtado

Tatiana Notaro
Folha de Pernambuco

O início da mais recente restauração da torre de atracação do Zeppelin e de 12 paióis da Segunda Guerra Mundial, no bairro do Jiquiá, no Recife, fez cinco anos em 2017. A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), responsável pelo espaço, disse à reportagem que parte do projeto já foi concluída, mas a aparência diz o contrário, principalmente levando em conta que o total previsto para o restauro é de quase R$ 6 milhões. Visualmente, o local é maltratado demais para a importância histórica que tem: a torre, único exemplar ainda de pé no mundo, tem 87 anos e está tomada de insetos; a única placa informativa está pendente, o acesso é ruim e não há qualquer estrutura para visitação.

Segundo a gerente de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente da PCR, Alexandra Braga, foram concluídas as etapas de restauro da torre e dos sete paióis de alvenaria, que datam da Segunda Guerra Mundial. Outros cinco paióis, de estrutura metálica, aguardam liberação de recursos do Ministério 
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, parte do convênio, para serem recuperados. Procurado pela reportagem, o Ministério confirmou o convênio com a PCR e prometeu se pronunciar sobre o andamento nesta segunda-feira (11).

A torre de atracação foi construída em 1930 para a primeira viagem do alemão Graf Zeppelin ao Brasil. No local, uma placa indica que o projeto tem previsão de recursos 
na ordem exata de R$ 5.939.839,04 e deveria ter sido concluído em 31 de agosto passado. Alexandra lembrou que, de fato, o processo começou em 2012, ainda na gestão do prefeito João da Costa (PT), com a licitação da empresa que tocaria a obra, a Artesanal Arte e Restauro. A gerente informou ainda que o contrato com a empresa foi 
renovado até fevereiro de 2018, prevendo, agora, o restauro dos cinco paióis restantes e eventuais manutenções necessárias nos procedimentos já feitos.

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)