Blog do Edmar Lyra
Júnior Matuto nunca teve a menor condição política de ser prefeito de Paulista, só se viabilizou porque Eduardo Campos sentado na cadeira de governador, no auge da sua popularidade convenceu Yves Ribeiro, então prefeito de Paulista, a apoiá-lo como sucessor na disputa de 2012. Matuto caiu de pára-quedas no cargo de prefeito sem ter capacidade de gestão.
Tão logo assumiu, deu um jeito de se viabilizar através da velha política, amparada no toma lá, dá cá tradicional de distribuição de cargos sem o menor pré-requisito técnico para suas ocupações. Mesmo realizando uma gestão medíocre conseguiu ser reeleito em 2016 por três motivos, primeiro pela falta de unidade da oposição que lançou três candidaturas numa cidade onde não há segundo turno, depois pelo toma lá, dá cá habitual que permitiu manter uma ampla frente política na cidade, por fim, o mais importante, o abuso de poder econômico, que é fruto de uma AIME que está em tramitação e poderá cassá-lo.

É bem verdade que nas duas eleições suplementares que ocorreram em Pernambuco, os candidatos que detinham a prefeitura perderam a disputa, vide Carlos Santana que era aliado com prefeito em exercício de Ipojuca, e Gilvandro Estrela que era prefeito em exercício de Belo Jardim e acabou ficando em terceiro lugar na eleição suplementar. Mas não se pode menosprezar o poderio da máquina que ficará nas mãos de Fábio Barros na tentativa de reeleição, por isso a unidade da oposição será fundamental. O fato é que Paulista não aguenta mais o toma lá dá cá e o desgoverno de Júnior Matuto e sua equipe que estão sendo extremamente danosos ao município desde que assumiram em janeiro de 2013.