Do jeito que as coisas vão, Michel Temer não completa o seu mandato. Nenhum presidente da República tem sido tão humilhado como ele. Com todo o respeito, mas S. Exa. acaba de perder o próprio, com o recuo da nomeação de Antônio Imbassay para ministro da Articulação Política (ou secretário de Governo). Partidos grandes e pequenos tripudiam sobre sua figura, tanto quanto o Senado humilhou o Supremo Tribunal Federal.
Só falta o Congresso aprovar o impeachment de Michel, por total ausência de condições para governar o país. Determinação e firmeza são produtos em falta nas prateleiras do palácio do Planalto.

O presidente, mesmo tentando contemporizar, não encontra parlamentares e partidos para respaldá-lo. Muito menos a opinião pública e a opinião publicada. Começam a aparecer pseudo-candidatos para sucedê-lo, de Fernando Henrique a Nelson Jobim, sem esquecer Renan Calheiros.
Há que poupar Michel Temer, mas apenas com sua dispensa. Não transcorre uma semana sem que a lambança fique pior. Até a fugaz confiança em Henrique Meirelles virou pó. Um murro na mesa resolveria a questão, ainda que se ignore o punho capaz de vibrá-lo. Do PMDB ao PSDB e ao Centrão, ninguém se entende.