Raul Jungmann acredita que a ação foi de um movimento autônomo
Portal do Ministério da Defesa
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, defendeu punição aos manifestantes que invadiram o plenário da Câmara Federal nesta quarta-feira (16). Pelo menos 40 manifestantes foram presos e levados para a Superintendência da Polícia Federal. Eles, que defendem uma ditadura militar, serão soltos após prestarem depoimento.
Para o ministro, a pauta do grupo está descolada da realidade do País e do papel constitucional das Forças Armadas. Jungmann soube dos protestos quando participava de uma reunião no Ministério das Relações Exteriores.

"As Forças Armadas estão inteiramente voltadas para suas atividades profissionais, estritamente dentro dos mandamentos constitucionais. As Forças Armadas repelem energicamente qualquer ação fora do que prevê a Constituição e a democracia", afirmou.
Segundo o ministro, não foi identificado nenhum militar da reserva ou da ativa entre os manifestantes. O ministro disse que, por enquanto, ainda são precárias as informações sobre o grupo. Mas nada indica ligação dos manifestantes com partidos, com líderes políticos ou mesmo com movimento sociais organizados. "Ao que tudo indica é um movimento autônomo".
De acordo com Jungmann, não há indicativo de proliferação dos protestos. Ele argumenta que as pessoas que invadiram a Câmara em Brasília não teriam qualquer vínculo com os manifestantes que tentaram invadir a Assembleia Legislativa no Rio. Para ele, o mais preocupante não é o "potencial" de mobilização de quem pede a volta dos militares.
"É um fato que representa um total descompasso com o clima democrático e com o papel constitucional das Forças Armadas", relatou o ministro.