Folhapress
Sonolência durante o dia, cansaço, irritabilidade, alterações de apetite e um humor deprimido são alguns efeitos no organismo em decorrência da perda de uma hora de sono. O organismo pode levar até duas semanas para se adaptar a esse novo ritmo.
A partir da 0h deste domingo (16), os moradores do Distrito Federal e de mais dez Estados devem adiantar seus relógios em uma hora. A medida vale até 0h do dia 19 de fevereiro de 2017, quando os relógios voltam ao horário normal.

"O ideal seria a pessoa dormir com padrão de sono de três dias a duas semanas antes do início do horário de verão para recuperar parte do sono perdido nos últimos dias. Isso porque o período de adaptação do ritmo do sono e da alimentação pode levar até duas semanas. Para aqueles que são notívagos, a completa normalização do organismo só ocorrerá quando terminar o horário de verão", afirmou o médico.
Contudo, segundo Prado, mais de 40% das pessoas dormem menos do que deveriam e muitas têm dificuldade de levantar mais cedo. Para esse grupo de pessoas a adaptação ao horário de verão é mais complicada e, em alguns casos, requer um acompanhamento médico. "Maior recomendação para a pessoa sanar o deficit de sono seria realizar uma atividade física regular para que haja uma regulação do organismo. Para os que já fazem, o ideal é manter a programação, pois assim a adaptação será mais rápida."
Quando levantar de manhã, diz o médico, é bom acender as luzes intensamente para a informação de que o dia começou chegue até a área profunda do cérebro (o hipotálamo). Isso porque há um descompasso na sincronia do claro e escuro. Além disso, Prado recomenda que evite se alimentar fora dos horários habituais, mesmo que sinta fome em determinados períodos -a alimentação se regulariza em até quatro dias.
Os pais também devem ficar atentos ao desempenho dos filhos nas escolas devido ao deficit de sono. "Nessa mudança de horário é possível que algumas crianças tenham queda no desempenho escolar. Nesse caso, os pais devem colocar as crianças para dormir mais cedo e reduzir as atividades, além de limitar o acesso às redes sociais", afirmou o médico.
ECONOMIA
O governo federal estima que irá economizar R$ 147,5 milhões com horário de verão, o que representa o custo evitado em usinas térmicas por questões de segurança elétrica e atendimento à ponta de carga durante esse período. No horário de verão do ano passado, o país economizou R$ 162 milhões, com economia de energia de 2,6 mil megawatts (MW) -o correspondeu a 4,5% da demanda nos horários de pico.
Atualmente, a medida é empregada sempre a partir do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte. A alteração, que não vigora nos Estados do Norte e Nordeste, tem como objetivo evitar a sobrecarga no sistema elétrico entre o fim da tarde e o início da noite, quando as pessoas chegam em casa e começam a usar aparelhos elétricos. A economia reflete o maior uso de iluminação natural neste período.
O horário de verão foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932. Sua duração foi de quase meio ano, vigorando de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932.