Pênalti tira vitória do Santa Cruz na Arena Pernambuco

Antônio Assis
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Paulo Henrique Tavares
Folha-PE

O roteiro se desenhava perfeito. No jogo contra a Chapecoense, na tarde desta quarta-feira (7), seria o destaque em todas as manchetes. Mas, eis que não mais que de repente, um pênalti surgiu para acabar com a alegria tricolor. Outro Bruno, o Rangel, assumiu, então, o papel de algoz, em uma partida que marcaria a esperança tricolor na fuga contra o rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro. 

Até os 28 minutos, o torcedor tricolor que compareceu a Arena de Pernambuco nutria em seus pensamentos apreensivos que era apenas questão de tempo e o Santa Cruz sairia na frente do placar. Havia maior posse de bola, com 64%, e mais finalizações (três, ao todo) e um adversário acuado. Mas a pressão tricolor deixou espaços. Em um deles, um contra-ataque puxado por Gil encontrou Kempes. O centroavante tirou do goleiro Tiago Cardoso e colocou a bola no fundo das redes. 

A partir deste momento, o Santa Cruz se desencontrou no jogo. Tentou ser perigoso na base da força, mas se mostrou desorganizado. Para se ter uma ideia, os corais chegaram a terminar o primeiro tempo com dez finalizações, mas sete foram sem perigo ao goleiro Danilo.

Ciente de que o Santa Cruz se mandaria ao ataque, o técnico substituto do suspenso Caio Júnior, Almir Domingues, colocou em campo o veloz Ananias. E os primeiro minutos da etapa final deve ter sido justamente o que a Chape esperava. Em sequência, João Paulo finalizou com perigo para grande defesa de Danilo e faltou pouco para o meia vencer o arqueiro catarinense, com uma bola que tirou tinta da trave. Aos 12 minutos, no entanto, os tricolores foram fatais. Cruzamento de Léo Moura e cabeceio de Arthur, para empatar o jogo.

Das arquibancadas, era possível sentir a empolgação do torcedor tricolor. Em campo, a chama estava acesa. Até que quatro minutos após o gol de empate, Luan Peres levou o segundo cartão amarelo e acabou expulso. Problemas? Não para o General. Aos 19 minutos, ele dominou a bola após lançamento de João Paulo e finalizou com força. Virada e festa tricolor na Arena. 

Até que aos 41 minutos, tudo veio abaixo. Um pênalti cometido por Danilo Pires recolocou a vitória tricolor em risco. E Bruno Rangel não deu chances para Tiago Cardoso. Placar de 2x2, e um gosto amargo no paladar coral.

FICHA DE JOGO
SANTA CRUZ 
Tiago Cardoso; Léo Moura, Luan Peres, Danny Morais e Allan Vieira; Uillian Correia, Jadson, João Paulo e Pisano (Danilo Pires); Arthur (Wellington Silva) e Grafite (Bruno Moraes). Técnico: Doriva
CHAPECOENSE
Danilo; Gimenez (Sérgio Manoel), Willian Thiego, Felipe Machado e Dener; Gil (Bruno Rangel), Josimar, Cleber Santana e Arthur Maia (Ananias); Lucas Gomes e Kempes. Técnico: Almir Domingues
Local: Arena de Pernambuco, no Recife
Horário: 16h
Arbitro: Savio Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Lehi Sousa Silva e Lucas Torquato Guerra (ambos DF)
Gols: Kempes (aos 28 do 1ºT); Arthur (aos 11 do 2ºT); Bruno Moraes (aos 19 do 2ºT); Bruno Rangel (aos 41 do 2ºT)
Cartões amarelos: Luan Peres, Jadson, Ananias (Santa Cruz); Arthur Maia (Chapecoense)
Cartão vermelho: Luan Peres (Santa Cruz)
Público: 12265
Renda: R$ 2.30510,00