Agência Estado
A frase "não temos provas, mas temos convicção", atribuída a integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, que viralizou na redes sociais, não foi dita literalmente durante a entrevista coletiva para a imprensa do Ministério Público Federal realizada na quarta-feira, em Curitiba.
Os termos "provas" e "convicção" foram utilizados de modo diferente do que foi divulgado na internet durante a exposição dos procuradores Deltan Dallagnol e Roberson Pozzobon para anunciar a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e outras seis pessoas por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
"Provas são pedaços da realidade que geram convicção sobre um determinado fato ou hipótese. Todas essas informações e essas provas analisadas como num quebra-cabeça permitem formar seguramente a figura de Lula no comando do esquema criminoso identificado na Lava Jato", disse Dallagnol.

Já ao responder à pergunta de um jornalista, Dallagnol disse: "Dentro das evidências que nós coletamos, a nossa convicção, com base em tudo que nós expusemos, é de que Lula continuou tendo proeminência nesse esquema, continuou sendo líder desse esquema, mesmo depois de ele ter saído do governo".
Após a entrevista, memes foram criados na internet criticando a atuação do Ministério Público por causa da frase, que também foi usada em tom satírico relacionada a outras situações. O site humorístico Sensacionalista, por exemplo, escreveu: "Nasa confirma vida fora da Terra: 'não temos como provar, mas temos convicção'".