Câmara presta homenagem a Abelardo da Hora

Antônio Assis
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Abelardo da Hora morreu em 2014 e será homenageado pela Câmara do Recife (Foto: Divulgação)

Blog da Folha

Morto em setembro de 2014, o artista plástico Abelardo da Hora receberá, por proposição da vereadora Marília Arraes (PT), uma homenagem póstuma em sessão solene na Câmara do Recife.

Apesar de ser mestre das artes, Abelardo teve uma atuação política intensa com participações em campanhas pelo petróleo, pela paz e pela interdição das armas nucleares. Pertenceu ao Partido Comunista Brasileiro e, em virtude dessa militância, foi detido mais de 70 vezes pela Polícia e pelas forças militares.

O envolvimento político também levou o artista a acumular alguns cargos públicos, tendo sido, a partir da gestão do então Prefeito Miguel Arraes, um dos idealizadores do Movimento de Cultura Popular (MCP), o qual propusera alfabetizar jovens e adultos, na perspectiva da valorização da cultura e da educação popular.

Abelardo Germano da Hora foi escultor, desenhista, gravador, ceramista e professor. Nasceu em 31 de Julho de 1924, na Usina Tiúma, localizada na cidade de São Lourenço da Mata. Cursou bacharelado em Direito pela Faculdade de Direito de Olinda e, posteriormente, frequentou curso de escultura da Escola de Belas Artes do Recife. Ele morreu em em 23 de setembro de 2014, vítima de insuficiência cardiorrespiratória.

Participou da criação da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR), o Ateliê Coletivo e do Espaço de Esculturas Abelardo da Hora, de responsabilidade da Prefeitura do Recife.

Há esculturas de sua autoria em praças do Recife, como Os Violeiros e o Vendedor de Caldo-de-Cana, no Parque 13 de Maio; O Sertanejo, na Praça Euclides da Cunha, em frente ao Clube Internacional; e o Vendedor de Pirulitos, no horto florestal de Dois Irmãos.

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