Alepe reduzirá pela metade número de sessões durante campanha

Antônio Assis
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'Vamos ter uma campanha curta e não há nada de errado na mudança das sessões', explicou o deputado Diogo Moraes (PSB)
Foto: Rinaldo Marques/Alepe

JC Online

Com um terço dos deputados disputando eleições, aAssembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) vai reduzir pela metade o número de sessões durante a campanha municipal. Ao invés dos quatro encontros semanais atuais, os parlamentares devem se reunir apenas às terças-feiras a tarde e às quartas pela manhã. Dos 49 deputados estaduais, 16 disputam o cargo de prefeito ou vice-prefeito em outubro.

A ideia é fazer um esforço concentrado para votação de matérias importantes, permitindo aos candidatos se dedicarem às suas campanhas. Desde a volta do recesso, no início do mês, o plenário tem estado menos cheio. A solução deve ser apresentada na próxima segunda, um dia antes do início oficial da campanha eleitoral, e entrar em prática a partir do dia 23, às vésperas da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

“A gente achou melhor concentrar o trabalho em dois dias para dar mais mobilidade aos colegas. Vamos ter uma campanha curta e não há nada de errado na mudança das sessões”, explicou o 1º secretário da Alepe, Diogo Moraes (PSB).

Cada comissão deve decidir se muda seu horário, mas a maioria já se reúne às terças e quartas e não haverá interrupção nos trabalhos. Os setores administrativos da Alepe não terão mudança no expediente.

Para tentar garantir o quórum das votações, a Câmara do Recife já mudou seu horário de funcionamento para a manhã, deixando o resto do dia livre para os vereadores fazerem campanha.

Na Assembleia, uma segunda solução chegou a ser discutida: fazer os deputados trabalharem em julho, mês do recesso, deixando todo o mês de setembro livre para a campanha. Mas não houve consenso.

MUNICIPALIZAÇÃO - Desde a volta do recesso, os temas municipais têm ganho destaque na Alepe. Nas oito sessões de agosto, pelo menos 12 pronunciamentos dos deputados foram dedicados a elogiar prefeitos aliados ou criticar os gestores que serão adversários nas urnas.

“Os deputados estaduais têm vínculos com nichos eleitorais delimitados, em determinados municípios ou regiões do Estado”, explicou o cientista político Juliano Domingues, professor da Universidade Católica de Pernambuco. “É razoável acreditar que eles aproveitem a vizibilidade oferecida pela tribuna da Assembleia para repercutir projetos políticos em alguns municípios”, afirmou.

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