Santa Cruz visita América-MG para confirmar reação e conquistar primeira vitória fora de casa

Antônio Assis
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Yuri de Lira
Diário de Pernambuco

Diante do lanterna da Série A, a obrigação do Santa Cruz de ganhar o jogo parece óbvia. Mas diversos fatores levam a crer que a partida das 11h do domingo, contra o América-MG, se torna mesmo a melhor oportunidade para o Tricolor ganhar a primeira partida fora de casa no Brasileiro e confirmar a sua reação. A conquista de uma vitória em Belo Horizonte, que pode parecer ser uma missão simples para os corais numa análise fria dos números do Coelho, tem a chance ainda de tirar a equipe pernambucana da zona de rebaixamento depois de cinco rodadas.

Em nenhum quesito o América-MG conseguiu ser mais efetivo que o Santa Cruz na competição nacional. Possui menos vitórias, mais derrotas, mais gols sofridos e menos gols feitos que os comandados do técnico Milton Mendes. Dos adversários em comum que os dois clubes enfrentaram até aqui no Brasileirão, por sinal, o time mineiro não conseguiu vencer nenhum dos que o Tricolor venceu.

O América-MG tem ainda menos gols feitos em casa do que o Santa Cruz como visitante. Um reflexo da sua fraca campanha no estádio Independência, onde só detém 33% de aproveitamento e se configura como o segundo pior mandante da Série A (acima somente do Cruzeiro). E olhe que foi justamente em seus domínios que a equipe mineira conseguiu a maioria dos seus pontos - sete dos oitos somados. De quebra, vindo de cinco derrotas seguidas e sem ganhar há exatos 29 dias no Brasileiro, o clube amarga, no geral, a segunda defesa mais vazada e o pior ataque do campeonato.

Enquanto o Santa tem Grafite como vice-artilheiro da Série A, com oito gols marcados, o jogador do time de Minas Gerais que mais balançou as redes foi Adalberto - somente duas vezes. Um zagueiro. Para se ter uma ideia, Keno, que sequer briga para ser goleador do campeonato, tem três. Todos esses dados descritos são suficientes para tornar a conquista de três pontos como um dever para o Santa Cruz. Milton Mendes, entretanto, relativiza a tarefa.

Vindo de vitória sobre o Internacional na rodada passada, seguido de um empate com o Vasco na Copa do Brasil, o treinador pondera sobre a “obrigação" de derrotar o América-MG. Porém, pede entrega dos jogadores. “Obrigação não é nunca. Nós vamos lutar sempre para vencer." A fim de tirar a pressão do seu time, Mendes julga até que o Coelho é o favorito para ganhar o confronto."Eles estão jogando na casa deles e os favoritos são eles", pontuou.

Time
Após ter utilizado um time misto no jogo da Copa do Brasil, contra o Vasco, Milton Mendes volta agora a usar a sua equipe principal. Com todos os titulares do Santa Cruz à disposição, a expectativa é pelo retorno de Grafite, de fora há dois jogos por causa de lesão na coxa direita. Uma peça nova pode estrear: o volante Jadson. Assim, a vaga do prata da casa Marcílio fica ameaçada. Derley também disputa a posição. Danilo Pires, por sua vez, não foi regularizado a tempo da partida.

Adversário
Além de Tony e Jonas, o treinador português Sérgio Vieira pode também não ter o zagueiro Alison, em processo de recondicionamento físico. O atacante Borges, machucado e de saída do clube, não foi relacionado para o confronto com o Tricolor. Em contrapartida, o técnico do Coelho vai contar com o zagueiro Adalberto, que retorna depois de ter cumprido suspensão na rodada passada.

América-MG
João Ricardo; Pablo, Adalberto, Roger e Bruno Teles; Leandro Guerreiro, Juninho, Danilo Dias, Alan Mineiro e Osman; Victor Rangel. Técnico: Sérgio Vieira.

Santa Cruz
Tiago Cardoso; Léo Moura, Neris, Danny Morais e Tiago Costa; Uillian Correia, Marcílio (Jadson ou Derley) e João Paulo; Arthur, Keno e Grafite. Técnico: Milton Mendes.

Local: Estádio Independência (Belo Horizonte-MG). Horário: 11h. Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ).Assistentes: Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha (RJ)

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