PF vai começar análise de material de empresário achado morto em motel

Antônio Assis
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G1 PE

A Polícia Federal em Pernambuco (PF) vai começar a análise do material achado com o empresário Paulo Cesar Barros Morato, alvo de Operação Turbulência e encontrado morto no Motel Ti-ti-ti, em Olinda, no Grande Recife, na quarta-feira (22). A Polícia Civil de Pernambuco entregou aos agentes federais, na segunda-feira (27), cadernos de anotações, envelopes de depósitos bancários, oito pen-drives, três celulares, chaves de imóveis, óculos, relógios, além de produtos de higiene pessoal.

A PF aguarda ainda o repasse do veículo usado por ele, um Jeep Renegade. O primeiro passo dos federais será realizar uma triagem desse material. A ideia é concentrar os esforços na avaliação dos aparelhos de mídias e eletrônicos (pendrives, anotações e telefones celulares). Todo o restante será devolvido aos familiares de Morato.

Oficialmente, a PF informa que acompanhará as investigações que estão sendo feitas pela Polícia Civil de Pernambuco. Aguardará as conclusões das perícias que tentarão apontar as causas da morte do empresário. A PF admite que poderá entrar nas investigações, caso alguma circunstância aponte vínculos ou tenha ligação com os fatos que estão sendo apurados pela operação Turbulência.

Turbulência
A Operação Turbulência foi desencadeada na terça-feira (21). Tem como alvo empresas envolvidas na compra do avião usado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), no dia da tragédia de Santos (SP), em agosto de 2014, que matou a comitiva do presidenciável. 

A Turublência investiga, ainda, ligações com o equema nvestigado pela Operação Lava Jato.
Há a suspeita de que parte do dinheiro movimentado serviu para pagar propina e formar "caixa dois" de empreiteiras. A PF prendeu quatro empresários de Pernambuco e acredita que as empresas, muitas de fachada, teriam movimentado R$ 600 milhões.

Polêmica
A investigação da morte de Morato está repleta de polêmicas. Na segunda-feira, as polícias civil, federal e científica descartaram a possibilidade de interferências externas ou de falhas na perícia do quarto onde o empresário foi achado. Durante a manhã desta segunda, o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) cobrou transparências nas investigações alegando que o trabalho dos peritos não foi realizado como deveria.

Em coletiva de imprensa na sede da Secretaria de Defesa Social, o secretário em exercício de Defesa Social, Alexandre Lucena, garantiu que não houve falha na perícia, e sim de comunicação quanto à realização de uma perícia complementar no dia seguinte à morte do empresário.

Também participaram da coletiva o chefe da Polícia Civil, Antonio Barros; a delegada responsável pela investigação da morte do empresário, Gleide Ângelo; o superintendente da PF, Marcello Diniz;a gestora da Polícia Científica, Sandra Santos; o perito papiloscopista Lauro Macena; e a perita criminal Vanja Coelho.

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