Dois pra lá, dois pra cá, num bolero imortal de João Bosco e Aldir Blanc

Antônio Assis
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O bolero “Dois Pra Lá, Dois Pra Cá” é considerado uma de nossas músicas mais sensuais, cuja letra do psiquiatra, escritor e compositor carioca Aldir Blanc Mendes figurativiza a arte de amar tropical: quente, dolente, de pele suada etc. O bolero “Dois Pra Lá, Dois Pra Cá” foi gravado por Elis Regina no LP Elis, em 1974, pela Philips.

DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ
João Bosco e Aldir Blanc

Sentindo frio em minh’alma
te convidei pra dançar
A tua voz me acalmava
são dois pra lá, dois pra cá

Meu coração traiçoeiro
batia mais que um bongô
tremia mais que as maracas
descompassado de amor

Minha cabeça rodando
rodava mais que os casais
O teu perfume gardênia
e não me pergunte mais

A tua mão no pescoço
as tuas costas macias
por quanto tempo rondaram
as minhas noites vazias

No dedo um falso brilhante
brincos iguais ao colar
e a ponta de um torturante
band-aid no calcanhar

Eu hoje me embriagando
de uísque com guaraná
ouvi tua voz murmurando
são dois pra lá, dois pra cá

(Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)

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