Estadão
A Polícia Federal indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e outros dois executivos do banco na Operação Zelotes, responsável por investigar a suposta compra de decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
Segundo a PF, investigações mostram que o grupo suspeito de tentar corromper agentes do Carf manteve conversações com executivos do Bradesco sobre um suposto “contrato” para anular débitos do banco com a Receita Federal no valor de R$ 3 bilhões.
Anteriormente, a Polícia Federal havia apontado em relatório que Trabuco e os outros dois executivos da instituição financeira se encontraram com emissários da organização criminosa para discutir como seria a atuação no órgão. A PF também indiciou o auditor da Receita Federal Eduardo Cerqueira Leite, que teria articulado a reunião entre os integrantes do esquema e o comando do banco. No total, foram pedidos dez indiciamentos.
A conclusão do inquérito relativo ao Bradesco já foi encaminhada pela PF ao Ministério Público Federal. Agora, cabe ao órgão apresentar ou não denúncia à Justiça Federal.
Os indiciamentos contra os executivos do Bradesco são pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.