Paulo Câmara vai à mesa com Jarbas e Raul Henry

Antônio Assis
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Renata Bezerra de Melo
Folha-PE

Era por volta das 19h da sexta-feira (13), quando o governador Paulo Câmara chegou à casa do deputado federal Jarbas Vasconcelos. Não foi só, mas acompanhado do vice-governador do Estado, Raul Henry. A conversa estendeu-se. Por volta das 22h, o socialista e o vice despediram-se do anfitrião.

Não foi um papo pragmático, nem rendeu resultados imediatos. Mas se dá em momento crucial. O PMDB está prestes a aumentar sua participação na gestão socialista em Pernambuco. A semana termina, no entanto, após o governador ter demarcado posição, nacionalmente, contra a participação de nomes do PSB na gestão do presidente interino Michel Temer.

Ainda que o deputado federal Fernando Filho tenha assumido o Ministério de Minas e Energia, não o fez sob a benção de Paulo Câmara. Entre as teses levadas à mesa, na casa de Jarbas: a de que a bancada federal precisa estar em posição alinhada à do governador e de que é preciso estar atento à articulação política também, além da gestão. Fez-se uma avaliação geral de que os problemas, já identificados na formação do Ministério, não devem se configurar em razão para não se torcer a favor do Brasil. Tanto Jarbas como Raul Henry têm boa interlocução com o Presidente da República interino e são, naturalmente, uma ponte já construída entre Paulo e o Governo Federal.

Pontes com a Esplanada

Na condição de ex-governador do Estado e ex-prefeito do Recife, Jarbas Vasconcelos entende que é preciso construir pontes. Ao trio, restou o entendimento de que a nova conjuntura, envolvendo quatro ministros pernambucanos na Esplanada, deve ser regada a uma relação construtiva.

Curativo 
A ponderação sobre a manutenção de pontes com os ministros se dá, após o PSDB e o DEM terem sido retirados da administração estadual em razão do projeto de reeleição do prefeito Geraldo Julio. E o deputado federal Bruno Araújo (PSDB) é o titular do Ministério das Cidades, enquanto Mendonça Filho (DEM), da Educação. Sendo grandes os desafios nacionais, predominou a tese de que é preciso saber lidar com isso, sem deixar a coisa resultar em uma relação difícil.

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